HOMENAGEM (Richard José Vasques)

altEstava trabalhando em Belo Horizonte quando recebi uma ligação telefônica de minha mãe me comunicando que ela acabara de receber um convite oficial da Câmara Municipal de Guaratinguetá, minha terra natal no Estado de São Paulo, para comparecer a uma homenagem a algumas mulheres, concernente ao Dia Internacional da Mulher. A homenagem iria acontecer no dia 19/04/12. Fui convidado para a cerimônia, juntamente com a minha família. Minha mãe estava surpresa, alegre e empolgada com a notícia. 

Eu particularmente fiquei muito contente com isso, e desejei em meu coração, estar presente para prestigiá-la, pois não é toda hora que isso acontece. Olhando para a minha agenda e para os compromissos já assumidos, não conseguia ver possibilidade de estar presente. Outro fator que dificultava a minha análise era o fato de eu não ter um veículo à minha disposição. É claro que conseguimos nos locomover de ônibus, mas os horários apertados e os compromissos não permitiam fazer uso dessa opção. Mesmo assim planejei ir de ônibus. Faltavam ainda alguns ajustes nos compromissos já assumidos.

A partir da ligação da minha mãe comecei a orar para que Deus me ajudasse a estar lá, eu realmente queria estar junto de minha mãe nesse momento importante para ela e para nós também. Trabalhei a semana toda em Belo Horizonte, chegando ao Rio na 6ª feira à noite. A homenagem seria na próxima 5ª feira. Ao chegar à minha casa perto das 23 horas, encontrei um recado em minha secretária eletrônica. Era o meu concunhado lembrando que iria viajar no sábado de manhã e que havia combinado com minha esposa que eu iria deixá-los no aeroporto e ficar com o carro na próxima semana, pois o seu retorno ao Rio seria somente no sábado seguinte.

O recado na secretária era para eu ligar para ele quando eu chegasse independente do horário. Assim fiz e confirmamos o que havia sido combinado. Comentei com minha esposa esse fato e disse a ela que deixaríamos o carro na garagem durante toda a semana, pois não tínhamos nenhuma necessidade de uso de veículo na próxima semana. Eu simplesmente não havia “me ligado” na benção que já estava colocada em minhas mãos. Deus já havia preparado a forma de eu ir até Guaratinguetá prestigiar a minha mãe e eu não havia enxergado isso.

De repente “a ficha caiu”. Glórias a Deus. Comecei a meditar em como Deus age antes mesmo de nós colocarmos alguma coisa diante dele. Quando eu comecei a orar pela possibilidade de ir até Guará na semana anterior, tudo já estava preparado para eu ter o carro à minha disposição, e eu não tinha percebido isso. Com essa benção deflagrada, combinei nossa ida com minha esposa e filho. No trabalho ajustei minha agenda de forma a poder trabalhar somente na manhã do dia 19.

Tudo certo, chegamos bem, a mãe ficou contente, assistimos toda a cerimônia e voltamos para o Rio. Missão cumprida. Fizemos um pequeno sacrifício para estarmos lá nesse importante momento. Minha mãe ainda fez uma observação: “quando a gente quer estar presente, Deus nos ajuda”. Lembrei-me de uma frase que citei num curso que ministrei sobre Administração do Tempo: “se você não quer você não prioriza; você diz que não dá; que não vai ser possível, ou melhor, que é impossível.” Com base nessa frase, concluímos que é preciso desejar primeiro.

Nossas prioridades estão diretamente relacionadas aos nossos desejos, e devemos colocá-los diante de Deus. Em relação à homenagem lembrei-me do que disse o Apóstolo Paulo: Dêem a cada um o que lhe é devido: se imposto, imposto; se tributo, tributo, se temor, temor; se honra, honra. (Romanos 13.7). Onze mulheres foram honradas naquela noite, e a minha mãe estava lá. Muito legal. Ela também ficou muito contente. Minha mãe sempre foi uma pessoa muito correta, trabalhadora, dedicada e guerreira. Lutou sempre para cuidar dos seus filhos.

Isso também está alinhado com o que diz a Palavra de Deus: Esforcem-se para ter uma vida tranquila, cuidar dos seus próprios negócios e trabalhar com as próprias mãos, como nós os instruímos; a fim de que andem decentemente aos olhos dos que são de fora e não dependam de ninguém.” (1 Tessalonicences 4.11-12). Dependam somente do Senhor. Assim fiz e ele me possibilitou estar lá. “Alegrem-se sempre. Orem continuamente. Dêem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus.” (1 Tessalonicences 5.16-18).

É isso: colocar diante de Deus, orar continuamente, esperar no Senhor, se alegrar sempre, e dar graças por tudo. Exercício a ser praticado. Boa semana.

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