SER RESPONSÁVEL (Richard José Vasques)

altComo o uso da expressão “Ser Humano” pode ter dois significados: o próprio ser em si e outro o de ter características humanísticas, o “Ser Responsável” também pode nos levar a pensar em dois significados: o de uma pessoa responsável e outro de apresentar ações que caracterizem responsabilidade, evidenciando que a pessoa tem responsabilidade, que é responsável. Vamos então pensar no que pode estar relacionado com responsabilidade.

O que é para você irresponsabilidade? Estado de quem não é responsável por seus atos; falta de responsabilidade” (Dicionário Online de Português). Geralmente a irresponsabilidade acarreta situações negativas, como por exemplo: acidentes no trânsito (pessoa dirigindo alcoolizada) ou no trabalho. O mesmo ocorre em todas as nossas ações e atitudes do dia a dia. Se não assumimos e realizamos aquilo que está sob a nossa responsabilidade, algo negativo acontecerá, ou alguém será impactado negativamente.

Pense na realização de um projeto, onde as etapas e responsabilidades estão claramente definidas. Se as pessoas envolvidas não realizarem a sua parte; aquilo que está sob a sua responsabilidade, poderemos ter duas situações: prejuízo quanto ao andamento do projeto, ou alguém ser sobrecarregado para “não deixar a peteca cair”. De qualquer forma haverá um impacto negativo. Então a responsabilidade também está relacionada com compromisso, com honrar com o que lhe compete. Coisa não muito comum na atualidade.

É muito mais fácil deixar de lado e sobrecarregar outras pessoas do que procurar cumprir com a nossa parte. Com certeza se você for conversar com as pessoas que não realizaram a sua parte no projeto elas lhe dirão que, infelizmente não tiveram “tempo” para cumprir com o que se esperava delas. Realmente a gestão do tempo é algo que complica o nosso cotidiano. Sempre ouvimos falar sobre isso, mas não tomamos nenhuma atitude para melhorar. Uma frase que aprendi quando ministrei um treinamento sobre Gestão do Tempo foi a seguinte: “se algo não nos interessa, não desperta qualquer interesse em nós, a nossa tendência é dizer que não temos tempo para isso”.

Então vemos aqui também a questão da prioridade. O que é prioridade para nós? O que nos interessa? Com isso eu terei compromisso, com o restante provavelmente não. Mas e o andamento do projeto? Vai parar porque eu não me comprometo com ele ou não tenho por ele o devido interesse? O que fazer? Sair do barco? Às vezes é muito cômodo ficar no barco, sem qualquer tipo de compromisso, dizendo que ele é muito legal e com isso não se indispor com ninguém, passando a responsabilidade para outros, do que cair fora dele.

A responsabilidade contribui para o sucesso, ao passo que a irresponsabilidade para o fracasso. Pode ser que sempre tenhamos alguém para nos socorrer, mas pode ser que um dia esse alguém não esteja por perto. Que resultados estamos querendo alcançar, inclusive com relação ao nosso desempenho, à nossa contribuição para o todo? Momento de meditação.  Vale a pena refletir sobre isso e ver como está o meu nível ou índice de responsabilidade e de contribuição.

Planejar é preciso, mas o planejamento não deve ser algo rígido. Ele é um direcionador. Você precisa estar atento para fazer os ajustes necessários que não causem grandes impactos negativos no que havia sido planejado ou pactuado. Muitas vezes você terá de priorizar outras atividades, deixando algumas momentaneamente de lado. Um exemplo real que acabou de acontecer comigo: “estabeleci a meta de escrever um artigo por semana e não consegui cumpri-la na semana passada, devido ao acúmulo de atividades e à necessidade de rever prioridades devido aos compromissos assumidos.” Hoje essas atividades estão todas bem encaminhadas e pude voltar à escrita.

Foi necessário realizar algumas correções de rumo. Isso é natural, apesar de não ser o ideal, mas precisamos estar atentos e sermos flexíveis em relação àquilo que se apresenta diante de nós. É preciso deixar de lado a “Síndrome de Grabiela”: “Eu nasci assim, eu sou mesmo assim, eu faço assim e acabou, pois eu sou a Gabriela, sempre Gabriela. Até quando poderemos agir assim, impactando negativamente nossos projetos, ou os projetos nos quais estamos envolvidos e outras pessoas?

Sempre é tempo de fazer certo e cada vez melhor como dizia o professor Philip Crosby. Mais um desafio para nós. Boa semana.

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