(A propósito do Dia do Adolescente Batista Brasileiro, que é o primeiro domingo de agosto, escrevi o texto abaixo)
E eu lhes darei meninos por príncipes, e crianças os governarão. (Isaías 3.4)
Colocado assim, fora do contexto, o versículo acima pode até passar uma mensagem positiva. Mas veja o que dizem os versículos imediatamente anteriores e o imediatamente posterior: “Agora, o Senhor, o Senhor dos Exércitos, está tirando de Jerusalém e de Judá (….) o valente e o soldado, o juiz e o profeta, o advinho e o ancião; o capitão de cinquenta e o nobre, o conselheiro, o hábil artífice e o perito em encantamentos. O povo se oprimirá; uma pessoa contra a outra, e cada um contra o seu próximo. O menino se atreverá contra o ancião, e o desprezível, contra o nobre.” (Isaías 3.1-3,5).
É bem verdade que esta passagem se refere a uma situação de guerra, em que Deus traria a opressão de um inimigo poderoso sobre o povo de Judá, por causa da sua desobediência, mas suas verdades se aplicam também ao nosso tempo.
Por exemplo, hoje em dia também percebemos a ausência dos pais e das lideranças da sociedade na vida das crianças e adolescentes. Por falta de limites adequados e de orientação decisiva por parte daqueles que deveriam estabelecê-los, temos adolescentes delinquentes, drogados, desrespeitosos, vândalos, violentos, que frequentam péssimos ambientes, se prostituem, se embebedam e fazem tantas outras coisas que nos assustam. Em resumo, são meninos e meninas que governam a si mesmos.
Outra verdade: a falta de exemplos, de modelos e de inspiração por parte dos adultos está formando uma geração de jovens sem boas referências, sem padrão moral, que, apesar de não abraçarem abertamente a delinquencia, adotam o cinismo como regra de prática (“Se eles fazem, por que não eu?”). E, pior, será esta a geração que liderará o mundo daqui há alguns anos.
Por isso tudo precisamos:
1. Exercer nossa autoridade como pais e líderes para impor aos nossos meninos e meninas limites justos.
2. Ser modelos de homens e mulheres de Deus para eles.
3. Falar-lhes de Cristo, orar e lutar por sua salvação.
4. Agradecer a Deus e zelar por aqueles que estão no caminho do bem, e encorajá-los.
Pr. Sylvio Macri