Geralmente os locais fechados e veículos que transportam uma quantidade significativa de pessoas têm suas saídas de emergência devidamente identificadas. Mais do que isso, por questão de legislação, eles devem orientar os usuários quanto a isso. Nos aviões é muito comum ouvirmos os procedimentos de segurança, incluindo informações sobre as saídas de emergência (onde estão localizadas e como as pessoas que estão próximas a elas devem agir, caso seja necessário utilizá-las). Nos ônibus, as janelas de emergência estão também identificadas.
Nos cinemas e hotéis existem as chamadas “brigadas de incêndio”, que são responsáveis em instruir os frequentadores sobre os procedimentos a serem seguidos. De forma geral há preocupação em falar sobre elas, a fim de que sejam usadas adequadamente, quando necessário. Nas empresas existem também as “brigadas” e os chamados “simulados de emergência”. Planos de emergência são elaborados e as pessoas são orientadas a como proceder, passando inclusive por treinamentos práticos, onde se simula a ocorrência de determinado “acidente”.
No fundo, o foco principal das mensagens transmitidas é: “em caso de qualquer tipo de acidente procure a saída de emergência”. Ela geralmente é identificada por letreiros luminosos com alimentação elétrica da rede convencional e de emergência, facilitando assim a sua identificação. Mesmo com todos esses cuidados, muitas vezes não nos atentamos para elas. Nosso dia a dia é tão rotineiro que passamos por essas saídas de emergência, e muitas vezes nem as vemos. Porém, há a preocupação de nos manterem informados sobre elas.
Concluímos, então, que saída de emergência é importante; que é para lá que deveremos correr no caso de algum acidente. Usando essa ênfase, meu pastor fez um paralelo em relação ao pecado (tudo aquilo que desagrada e nos afasta de Deus). Se o pecado é o “acidente” devemos fugir dele, usando as saídas de emergência disponíveis. Quais são elas?
Alguns lembretes bíblicos: “Portanto, submetam-se a Deus. Resistam ao Diabo, e ele fugirá de vocês.” (Tiago 4.7). José, que foi governador do Egito, saiu correndo quando a esposa de Potifar (seu amo) quis ter uma relação amorosa com ele; o que está alinhado com: “Fujam da imoralidade sexual. Todos os outros pecados que alguém comete, fora do corpo os comete; mas quem peca sexualmente, peca contra o seu próprio corpo. Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês?” (1 Coríntios 6.18).
Ainda no tocante ao nosso proceder: “Nenhuma palavra torpe (indecente, vergonhosa, suja, obscena, imoral) saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem.” (Efésios 4.29). Quais são as nossas saídas de emergência para essas situações? Como procederíamos ou como procedemos quando nos defrontamos com tais situações? Corremos para a saída de emergência ou ficamos no meio do fogo?
Há ainda outra afirmação bíblica: “Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio” (Gálatas 5.22), que contrasta com: “Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes. Eu os advirto: aqueles que praticam essas coisas não herdarão o Reino de Deus.” (Gálatas 5.19). Espírito x carne = lutas constantes. Ficar no fogo ou buscar a saída de emergência?
Por mais que estejamos atentos, na maioria das vezes nos esquecemos das saídas de emergência. Penso que é preciso visitá-las de vez em quando para nos lembrarmos delas. Isso quer dizer prática. Exemplos: (1) num momento de tensão, procurar não revidar ou atacar (“a palavra branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” – Provérbios 15.1); (2) numa situação desagradável ou de ofensa, evitar usar palavras torpes; (3) no relacionamento com o sexo oposto, cuidar para que a tentação não tome conta de você (“não dar asa à cobra”).
Em tudo isso existe consequência. Ficar no fogo ou fugir dele. Para cada decisão que tomarmos haverá uma consequência, positiva ou negativa. Parece que o ideal é sempre termos consequências positivas, o que dependerá da nossa busca pelas saídas de emergência, se for o caso. Na gestão empresarial dizemos que as práticas de gestão podem ser proativas ou reativas. Para as proativas não haverá necessidade de sair correndo para achar a saída de emergência, pois elas estarão evitando os acidentes (“incêndios”). No caso das ações reativas teremos de sair correndo na direção das saídas de emergência, se não quisermos nos queimar.
Identifique as suas saídas de emergência, e se possível, seja proativo para evitar a ocorrência de “incêndios” em sua vida. Boa semana.
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