Fazendo minha leitura devocional usando o “Pão Diário”, publicado pela Rádio Transmundial (www.transmundial.com.br), que a partir de 2013 se chamará “Presente Diário”, deparei-me com um texto escrito por Helmuth Matschulat, de Curitiba, com esse título. Achei interessante a possibilidade de refletir sobre ele e compartilhar com vocês. O texto foi baseado na seguinte passagem bíblica, onde Jesus diz o seguinte, usando uma parábola:
“O Reino dos céus é como um homem que semeou boa semente em seu campo. Mas enquanto todos dormiam, veio o seu inimigo e semeou o joio no meio do trigo e se foi. Quando o trigo brotou e formou espigas, o joio também apareceu. Os servos do dono do campo dirigiram-se a ele e disseram: O senhor não semeou boa semente em seu campo? Então, de onde veio o joio? Um inimigo fez isso, respondeu ele. Os servos lhe perguntaram: O senhor quer que o tiremos? Ele respondeu: Não, porque, ao tirar o joio, vocês poderão arrancar com ele o trigo. Deixem que cresçam juntos até à colheita. Então direi aos encarregados da colheita: Juntem primeiro o joio e amarrem-no em feixes para ser queimado; depois juntem o trigo e guardem-no no meu celeiro“. (Mateus 13:24-30)
Primeiramente vamos ver as definições de joio e trigo, publicadas pela Wikepédia:
Joio: é uma planta anual, de talo rígido, que pode crescer até 1 metro de altura, com inflorescências na espiga e grão de cor violeta. Usualmente cresce nas mesmas zonas produtoras de trigo e se considera uma erva daninha desse cultivo. A semelhança entre essas duas plantas é tão grande, que em algumas regiões costuma-se denominar o joio como “falso trigo”. Pode ser venenosa e uma pequena quantidade de joio colhida e processada junto ao trigo pode comprometer a qualidade do produto obtido. Portanto, vem daí a famosa expressão “é preciso separar o joio do trigo”, um ditado popular.
O trigo é uma gramínea cultivada em todo o mundo. Globalmente, é a segunda maior cultura de cereais (a primeira é o milho e a terceira o arroz). O grão de trigo é um alimento básico usado para: fazer farinha e com esta o pão; a alimentação dos animais domésticos e como ingrediente no fabrico de cerveja. O trigo é também plantado estritamente como forragem para animais domésticos, como o feno.
Uma coisa que chama a minha atenção nas palavras de Jesus é a sabedoria do dono do campo. Ao saber da existência do joio no meio da sua plantação de trigo, ele não se apavorou. Aqueles que vieram lhe dar a notícia deram aquela ênfase negativa e provocativa: “o senhor não plantou trigo? Como então apareceu joio no meio dele?” O inimigo o plantou, foi a sua resposta. Mesmo assim, apesar de ter sido “prejudicado”, não ficou focando nesse ponto e deu sua orientação quanto à solução.
Primeira lição que podemos tirar daqui: não foque no problema e sim na solução. Quando aparecerem algumas situações indesejáveis e inesperadas em meio ao seu dia, não se desespere. Pare para pensar na solução, pois o problema já existirá e precisará ser resolvido. Aquele senhor disse para esperarem o joio crescer, o que podemos interpretar como: “entenda claramente qual é o problema”, para que você possa pensar na melhor solução.
Outra lição: ao dar a solução para o problema, e quando ele for devidamente solucionado, entenda que ele não mais existe. O texto nos mostra o que foi feito com o joio: “amarrem-no em feixes para ser queimado”. O que sobra daquilo que é queimado? Cinzas, simplesmente cinzas, que na maioria das vezes são espalhadas pelo vento. Resumindo: não sobra nada, acabou. O problema se foi, carga aliviada. Passou. É assim que devemos considerar os nossos problemas resolvidos: já passaram.
Bom, agora, após a retirada do joio (a solução do problema), resta o trigo (o resultado das nossas ações), aquilo que plantamos visando colher em determinado momento. O que fazemos com ele? O dono do campo disse para juntá-lo e guardá-lo no seu celeiro. Podemos interpretar como: “cuide dos seus resultados”. O que fazer com o resultado das nossas ações? Buscamos resultados, e precisamos fazer com que eles sejam bem utilizados, a fim de termos nossos celeiros abastecidos para atender às nossas necessidades.
Cada um de nós sabe o que busca e como deve cuidar dos resultados obtidos. Muitas vezes descuidamos disso e jogamos fora o que conquistamos, seja por nossa irresponsabilidade, incompetência, ou por ações externas dos inimigos que plantam joio no meio de nossas ações. Sem perceber colhemos o trigo junto do joio e queimamos ambos. O que estamos queimando em nossas vidas? Para sua reflexão. Boa semana.