Ler a Bíblia não é fácil. Suas histórias nascem num contexto cultural diferente do nosso. Os lugares onde de desenvolvem os fatos parecem sem conexão entre si. No entanto, não desistimos de lê-la porque o que conseguimos entender, por pouco que seja, já nos alimenta, ao nos salvar e nos educar.
Podemos ler a Bíblia sem ir às suas terras. No entanto, se a lemos e vamos a elas, nós a lemos muito melhor.
Esta é a experiência de todos os que, Biblia na mão ou história bíblica guardada na memória, contemplam de perto as pirâmides que os hebreus devem ter visto assombrados, descem o Monte Nebo depois de terem visto a terra prometida, sentem (como se o ouvissem) o sermão das Bem-Aventuranças estando no Monte que leva o nome delas, imaginam as lágrimas de dor de Jesus no jardim do Getsêmani ou tocam nas pedras imensas das ruínas seculares do templo de Jerusalém.
Por isto, uma viagem às terras bíblicas corresponde a um curso sobre as Sagradas Escrituras.
A melhor expressão que encontro para definir uma viagem às terras bíblicas é que ela põe em alto relevo as letras da Palavra de Deus.
Estar no Egito, na Jordânia ou em Israel é fotografar o passado, que continua vivo.
Fotografe. Estude. Ore.
ISRAEL BELO DE AZEVEDO
Em tempo — Na biblioteca do meu pai, que nunca andou por onde Jesus andou, embora certamente sonhasse com isto, tinha um livro que, nos anos 60, me fascinou: "E a Bíblia tinha razão", de Werner Keller (editora Melhoramentos). Grosso, confesso que o que fascinou ao menino no livro foi uma foto de uma pessoa flutuando, sem boia, no Mar Morto. Eu nunca esqueci esta imagem, mesmo livro estando tão distante. Quando entrei em suas águas, chorei. Acho que vou chorar de novo. Talvez de saudade.