VALORIZANDO A NOVA GERAÇÃO (Sylvio Macri)

O que é valorizar? É dar valor, atribuir preço. É fazer melhorias num bem para que seja melhor avaliado no futuro. É também tratar com respeito e consideração uma pessoa ou instituição. E é, ainda, atribuir importância a uma ideia ou conceito. Enfim, temos aqui um verbo que se presta a muitas aplicações em todas as áreas da vida.   

Portanto, a expressão “Valorizando a nova geração”, tema da Convenção Batista Brasileira para o ano de 2013, nos remete a uma série de considerações. Por exemplo, nos faz pensar em como temos tratado essa nova geração. Será que não temos negligenciado sua importância? Será que não temos projetado suas oportunidades para um tempo distante, com aquele velho jargão de que eles são “o futuro da igreja”? (Não gosto desta expressão, pois a vejo como uma desculpa para protelar e impedir que os mais novos assumam posições de liderança na igreja). 

Frequentemente cobramos dos mais jovens fidelidade e compromisso, mas não exercemos ações definidas para estimulá-los e treiná-los no trabalho da igreja. Nossa comunicação com eles não funciona, não gastamos tempo orando por eles e não reconhecemos quando eles acertam. Às vezes nem lhes damos oportunidade, ou, quando damos, queremos que façam do nosso jeito. Para valorizar alguma coisa ou alguma pessoa temos primeiro que investir nela. Estamos fazendo isso?

Valorizar implica naturalmente em estabelecer uma hierarquia de valores. Umas coisas valem mais e outras menos, umas ações são mais importantes e outras menos importantes. Algumas pessoas vêm primeiro e outras depois. Certas despesas são mais necessárias que outras. Isso requer sabedoria e planejamento, por um lado, e decisões firmes e claras, por outro lado. Sem uma hierarquia de valores bem definida nenhuma pessoa, família, igreja ou instituição sobreviverá por muito tempo.

O lugar da nova geração na igreja de Cristo precisa ser claramente definido, seu valor precisa ser estabelecido e amplamente conhecido de todos. Precisamos planejar e executar ações nesse sentido. Se não, perderemos essa geração e a igreja perderá sua existência. Pois, no futuro, quando não estivermos mais aqui, quem fará a obra em nosso lugar? E como fará?

Portanto, vamos desde logo compartilhar com eles nossa sabedoria e experiência e dividir a liderança com eles. Tenhamos o bom senso de sair de cena para que eles assumam o papel principal.

Pr. Sylvio Macri