Rio de Janeiro, muito calor. Em alguns momentos chegamos a ouvir: “calor insuportável”. Onde está a chuva que não vem? Tempo muito seco e quente. De repente a chuva vem; fraca em algumas regiões e forte em outras como na Baixada Fluminense e na Região Serrana, fazendo “estragos” novamente. Aí se ouve outra vez: “todo ano é a mesma coisa; o governo não faz nada e as pessoas continuam morando em lugares de risco”. Corre-corre para ajudar, pois segundo o Zeca Pagodinho, que está corretíssimo: “não dá pra ficar parado, só olhando, quando os irmãos estão passando por essa situação”.
Então comentamos sempre do tempo: tá quente, tá frio, não chove, chove, chove demais, precisa esquentar, precisa esfriar. Resumindo, nunca estamos satisfeitos, sempre tem de ser diferente. Muitas vezes nos contradizemos. Na verdade, para as áreas afetadas, a chuva não precisava ser tão forte assim, mas as condições e os riscos desses locais são conhecidos de todos. O problema é: para onde ir? Essa é a alternativa que eles encontraram. Era para ser diferente, como em muitas outras situações, mas infelizmente não tem sido.
Vamos fazer um exercício mental: falta chuva, tá tudo seco; a solução é a chuva. A chuva vem fraca e não elimina o calor; a chuva vem forte e provoca inundações e deslizamentos. Se a chuva não vem o calor continua e os reservatórios das usinas hidrelétricas continuam abaixando, trazendo o risco de racionamento de energia. Essas usinas funcionam com água dos rios, cujos níveis abaixam com a falta de chuva. Como nós continuamos consumindo, e o consumo de energia aumentou muito nos últimos anos, gastamos a água que se encontra nos reservatórios.
Interessante dizer que quando há excesso de água nos reservatórios, ele tem de ser liberado, o que também produz inundação nas cidades que estão à jusante (abaixo) das usinas, onde passa o fluxo das águas. Pergunta: o que fazer? Vemos que tudo o que é em excesso, para menos ou para mais, prejudica. Voltamos então para o que ensina a Bíblia, o equilíbrio.
Pensando nesse tema, fixei minha mente no versículo escrito pelo Rei Davi, no Salmo 30, versículo 5: “O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.” Em relação a esse versículo, lembrei-me também do ditado: “Depois da tempestade vem a bonança.” Então para termos bonança, temos que primeiramente ter a tempestade. O Pr. Lourenço Rega publicou o seguinte no Facebook: “Sabe qual a semelhança entre o arco íris e a felicidade? Ambos aparecem depois da tempestade.” Mais uma vez a tempestade é que nos traz benefícios. Podemos perguntar: como?
Não sabemos a resposta, mas o que podemos concluir é que o comodismo e o conformismo não nos trarão resultados melhores. No máximo ficaremos onde estamos, sujeitos a cairmos. Então numa tempestade, precisamos fazer o pensado e o impensado para achar uma saída. É onde somos desafiados a colocar nossa capacidade de pensamento, criatividade e ação em prática, a fim de passarmos por ela. Quem sabe nessa movimentação descobrimos que somos capazes de outras coisas que não aquelas que estamos fazendo, e que ainda podemos continuar contribuindo.
Será que podemos dizer: Que venha a chuva? Depois dela vem o arco-íris e a bonança. Enfrentemos nossas tempestades de forma animada e corajosa. Elas vão passar, e os resultados também passam pelas nossas ações e atitudes, além de colocarmos nossas situações nas mãos do Pai, como orientou o Apóstolo Paulo:
“Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem os seus pedidos a Deus, pois Ele está perto.”
(Filipenses 4.6,5b).
Excelente semana na presença do Senhor, com ou sem chuva.