“Portanto, todos nós, com o rosto descoberto, refletimos a glória que vem do Senhor. Essa glória vai ficando cada vez mais brilhante e vai nos tornando cada vez mais parecidos como o Senhor, que é o Espírito.” (2Coríntios 3:18)
Apesar de estar em um outro contexto, este versículo é apropriado para uma reflexão sobre a relação do crente com o carnaval. Paulo está dizendo, em outras palavras, que o crente em Cristo Jesus não usa máscara, não usa disfarce, pois tendo uma experiência poderosa com Deus através da fé em Jesus, tornou-se uma pessoa liberta de tudo de aquilo que a impede de viver em comunhão com o Senhor e com seu semelhante; uma pessoa livre dos vícios e das paixões mundanas; uma pessoa vivendo em plenitude de vida, em paz com Deus, com o próximo e consigo mesma.
Alguém assim pode mostrar a sua face livremente, pois que reflete a presença gloriosa de Jesus em seu coração, e os que estão em volta percebem nele a existência da resplandecente luz do mundo, que é o próprio Jesus. Tanta luz, evidentemente, não permite, não admite, nenhuma comunhão com as trevas infernais que imperam no carnaval. Trata-se de um violento contraste com a necessidade que têm os carnavalescos de se mascararem e se fantasiarem, exibindo algo que de fato não são.
Apesar de todo brilho dessa festa, até os próprios carnavalescos sabem que tudo é falso, que tudo é máscara. Afinal foram eles mesmos que compuseram várias músicas dizendo exatamente isto. A falsidade do carnaval mostra-se não só nas máscaras, disfarces e fantasias, mas também na ilusão de uma alegria que dura poucas horas, na perda de coisas preciosas como a pureza do sexo, a relação familiar, e muitas vezes na perda da própria saúde ou da própria vida física.
É impossível imaginar uma pessoa cada vez mais parecida com o Senhor, que é o Espírito, como diz o texto acima, envolvida com o carnaval. Pelo contrário, à medida que o crente é dominado pelo Espírito, vai sentindo um nojo crescente por essa festa, a ponto de não suportar nem sequer ver a sua propaganda na TV; a ponto, também, de não ter nenhum prazer em ouvir colegas de trabalho, parentes ou vizinhos falarem sobre o assunto.
Meu irmão, examine bem o seu coração: você sente alguma atração, ainda que mínima pelo carnaval? Veja bem se não está perdendo a sua semelhança com Jesus.
Pr. Sylvio Macri