Os governos gostam de distribuir medalhas.
As igrejas gostam de produzir placas para homenagear pessoas.
Todos distribuímos “parabéns” nos aniversários.
Deixemos de lado as medalhas e as placas. Fixemo-nos nos cumprimentos aos aniversariantes ou aos conferencistas, cumprimentos às vezes complementados por abraços e presentes.
Na verdade, medalhas, placas, cumprimentos e presentes são expressões de louvor. Devem ser sempre expressões sinceras de reconhecimento.
O louvor a Deus, registrado em forma de orações, cânticos ou ofertas, também deve ser uma expressão sincera.
No entanto, devemos olhar lá no fundo de nosso coração, de onde saem as ordens para os aplausos, para os elogios, para os afagos ou para as compras, para ver se são puras ou estão contaminadas pela lógica comercial.
Só nós sabemos porque entramos numa fila para dar um abraço ou mandamos preparar uma placa em homenagem a alguém.
Só nós sabemos se somos ou não motivados pela possibilidade da reciprocidade, como se os nossos relacionamentos fossem vistos como balcões de negócios.
E só nas sabemos que o nosso coração é capaz até de tentar enganar a si mesmo.
ISRAEL BELO DE AZEVEDO
