BOM DIA: Quem confia não exige

Daniel era um homem que confiava em Deus.
Daniel confiava que Deus o abençoaria quando decidiu não seguir a dieta do rei; ele confiava que Deus faria com que tivesse saúde, mesmo com uma alimentação pior. Ele confiava que o homem não vive apenas de pão, como ensinaria Jesus.
Daniel confiava que, diante do desafio de interpreta um sonho enigmático, que Deus lhe revelaria o sentido e que não só preservaria a sua vida, como resultaria em glória para Deus por parte daqueles que criam em deuses de bronze.
Daniel confiava que, embora leões famintos sejam invencíveis, continuaria vivo mesmo jogado às feras, porque Deus era capaz de fechar as bocas dos animais selvagens para ao lhe fazer mal.
Daniel confiava que, lançados numa fornalha fumegante, seus amigos não seriam tostados. O modo como seus companheiros confiavam era o de Daniel, testemunha nesta história. Eis o que os amigos declararam ao seu contrafeito algoz: “Se formos atirados na fornalha em chamas, o Deus a quem prestamos culto pode livrar-nos, e ele nos livrará das tuas mãos, ó rei. Mas, se ele não nos livrar, saiba, ó rei, que não prestaremos culto aos teus deuses nem adoraremos a imagem de ouro que mandaste erguer” (Daniel 3.17-18). Quem confia em Deus não exige nada de Deus; apenas confia.
Neste cenário de confiança, enquanto as chamas crepitavam, um quarto homem passeava por entre as brasas e a fumaça. Ele também não se queimou.

ISRAEL BELO DE AZEVEDO