Um traço marca o caráter de Maria: a confiança.
Quando o anjo lhe disse que ela teria um filho, sendo e continuando a ser virgem, ela confiou que assim aconteceria.
Quando Jesus se separou da caravana de peregrinos, Maria confiou que a enigmática frase do menino, de que estava fazendo a vontade do Pai Eterno, tinha sentido embora ela não a entendesse de tudo.
Quando Jesus, na festa em Caná da Galileia, lhe pediu para deixar com ele a solução do problema da falta de vinho, ela confiou que seu filho faria o melhor.
Quando Jesus se assoberbou de trabalho, de modo a lhe causar preocupação, ela confiou que ele sabia o que estava fazendo.
Quando Jesus anunciou que seu destino era a cruz, ela confiou o que o que tinha que ser feito deveria ser feito e que Deus aprova todas as escolhas do filho.
Quando, na agonia da cruz, Jesus pediu a João que cuidasse dela, ela confiou, tanto que continuou reunida aos outros seguidores de Jesus.
Esta confiança gerou nela uma fidelidade inabalável.
É por isto que sua história termina como termina. O Novo Testamento, depois de tudo o que lhe aconteceu, retrata-a como parte de uma comunidade que confia, cresce e descobre o que era seguir sem Jesus fisicamente presente, guiada agora pelo Espírito Santo, com uma história a ser vivida.
ISRAEL BELO DE AZEVEDO