As mudanças são possíveis?
A pergunta serve para todos os palcos, sejam eles os nossos corações ou as ruas de nossas cidades.
As mudanças são possíveis se as desejamos. O desejo deve ser forte o suficiente para nos mover a pagar o preço por elas, se for o caso. O fácil também não existe.
As mudanças são possíveis se não temos medo delas. O medo, geralmente baseado em experiências negativas anteriores, é pior que bomba de efeito moral ou mesmo de gás paralisante.
As mudanças devem começar dentro dos nossos corações. Se queremos o fim da corrupção, precisamos começar avaliando nossas próprias atitudes, se também não são corruptas ou corruptoras. Se queremos o respeito pelos outros, devemos olhar, com sinceridade, para nós mesmos e nos avaliar: respeitamos os outros, mesmo que suas opiniões neguem as nossas? Se queremos o fim das desigualdade, precisamos refletir sobre como tratamos os outros ao nosso redor: como radicalmente iguais a nós?
Devemos saber que as mudanças são possíveis se persistimos nos esforços para que aconteçam. Não se dão de uma hora para a outra. Podem até começar com passeatas, em si mesmas insuficientes.
Fora disto, os gestos pelas mudanças não passam de espetáculos.
ISRAEL BELO DE AZEVEDO