BOM DIA: Nunca é tarde para aprender

Gravando para um programa de televisão, a maquiadora percebeu que eu tentara espremer uma espinha no rosto.
Era perigoso e eu devia fazer isto com a ajuda de um profissional. Se insistisse por mim mesmo, não deveria usar as unhas, mas me servir de algodões, etc.
Enquanto a ouvia, eu dizia a mim mesmo que, aos 61 anos de idade, não iria deixar de fazer o que sempre fiz.
Minha secreta atitude foi típica das pessoas que acham que, tendo feito a vida de um jeito, não podem fazê-la agora de outro jeito, melhor.
Minhas palavras internas mostraram como chega um momento em nossas vidas que achamos que não precisamos mudar; podemos até achar que precisamos, mas ponderamos que não conseguiremos mais.
Minha disposição traiu o ideário de muitos, para os quais nada mais têm que aprender na vida. São mestres sempre; alunos, jamais.
Pude pensar melhor. As palavras da profissional vieram do seu conhecimento e do seu interesse por mim. Quando a encontrar, vou agradecer.
Quando uma espinha rebeldemente aflorar, vou pegar duas porções de algodão, embebê-las em álcool e …

ISRAEL BELO DE AZEVEDO