Na história dos talentos, segundo a parábola contada por Jesus, o patrão partiu, mas voltou. Quando retornou, seus gestores tiveram que lhe prestar contas.
Esta foi a única situação em que os três agiram sob a mesma perspectiva: a de que teriam que prestar contas.
Sabemos que sempre temos que prestar contas, nem que seja à nossa própria consciência.
Saber que temos contas a prestar é sinal de maturidade. Uma dívida é para ser paga. Um erro é para ser advertido. Só quem não cresceu — e muitos não cresceram — imagina que não tenha que dar satisfação às pessoas. O imaturo está pronto a vociferar que ninguém tem nada com a sua vida. Só o imaturo acha que seus gestos não têm consequências.
O dinheiro entregue em nossas mãos, dinheiro pretensamente ganho com nossas e independentes mãos, como parte do projeto de Deus para nossas vidas. O que faremos a com este presente?
Se t(iv)emos prestígio, seremos cobrados sobre o que fizemos com ele.
A volta do patrão nos mostra que há sempre alguém acima de nós. Não devemos nos sentir menores porque há pessoas maiores que nós. O sucesso (em forma de dinheiro ou prestígio) deve ser recebido com uma missão. Se a cumprimos, fizemos o que devíamos, o que é muito prazeroso. Se não fizemos o que devíamos, bem, quem sabe podemos nos dispor a fazer o que precisamos fazer, não por medo de Deus, mas pelo prazer de sermos parceiros dele. [FIM]
ISRAEL BELO DE AZEVEDO