Os discípulos aceitam o convite de Jesus, pegam os remos e começam a atravessar o lago de Kineret.
Jesus está no barco. A tempestade vem, o barco se agita e o medo inquieta o coração.
Jesus está no barco. Os discípulos fazem o que estão acostumados a fazer e devolvem as águas para o lago. Não dão conta. As ondas são enormes. O barco vai afundar. Os discípulos se desesperam.
Então, vão a Jesus e pedem:
— Socorra-nos, Senhor, tu que tudo podes.
Não, eles vão a Jesus e mas para repreendê-lo.
— Não te importas conosco. Nós tirando água do barco e tu dormindo sobre o travesseiro da popa!
Os discípulos merecem ser repreendidos por Jesus, mas Jesus não os repreende.
Ao seu jeito, na verdade, estavam pedindo ajuda. O modo era inadequado, mas era um pedido.
Em lugar de repreender os discípulos, devíamos fazer como eles.
Quando nossa vida está em perigo, devemos buscar a Jesus.
Fomos educados a ser autossuficientes e então fazemos como está no manual: nossos problemas, nós os temos que resolver.
Alguns, conseguimos. Outros, não.
Algumas vezes, preferimos fazer de conta que não temos problemas.
Outras vezes, drenamos todas as nossas energias tentando resolver sozinhos. Somos orgulhosos demais para admitir que estamos fracos. Fracos, colocamos o peso às costas.
Jesus está no barco. Por que não vamos a ele?
ISRAEL BELO DE AZEVEDO
