BOM DIA: Reis enterrados

Uma das imagens mais emblemáticas do mundo é o conjunto formado pelas pirâmides de Gizé, no Cairo. As fotos não substituem a emoção de uma visita ao vivo.
No meio do deserto, erguem-se milhares de imensas pedras, colocadas de um modo que não se consegue reproduzir e trazidas de uma forma que ainda não se sabe bem.
É difícil imaginar que essas esculturas ao ar livre eram túmulos de reis.
Dá para imaginar o quanto se achavam poderosos.
A alguns quilômetros dali, no impressionante Museu do Cairo, tem-se melhor a ideia de como eram os mausoléus desses reis, conhecidos como Faraós. A riqueza é ainda hoje deslumbrante.
Diante dessas figuras vivas de um passado morto, o visitante pergunta como aqueles impérios ruíram, como aqueles reis perderam sua força.
Dá para imaginar também que, quando os profetas do Antigo Testamento, anunciaram que o poderoso Egito perderia seu "esplendor e majestade" e acabaria derrubado. O grande país do passado foi jogado "para baixo da terra" (Ezequiel 31.18), para deleite dos arqueólogos.
Visitar o Egito do passado que restou é uma lição de vida: o poder sobe e desce como as areias do deserto.
Assim mesmos os poderosos de plantão acham que são eternos.
 
ISRAEL BELO DE AZEVEDO