Refletindo: Gênesis 39
Entre as nossas superstições, está a que podemos ter nossos corpos fechados, para que nela a inveja não traga destruição. José foi alvo da inveja dos seus irmãos. Ele não tinha o corpo fechado. Ninguém tem o corpo fechado.
Nem José o tinha, embora Deus estivesse com ele e cuidasse dele. Apesar disto, e precisamente por sua fidelidade (e não por sua infidelidade e é feliz quem sofre por sua fidelidade — 1Pedro 4.14-16), sua pretensa amante (a dona da casa onde trabalhava) mentiu, depois que o empregado José não caiu em sua cilada de sedução.
José perdeu tudo. Não saiu do emprego sequer com a roupa do corpo. Ele abandonou o trabalho, abrindo mão de tudo, para ficar com Deus.
E o que ele ganhou? Cadeia.
Que Deus é este!, pode ter pensado.
Nós conhecemos o fim da história, mas ele só a conheceria muitos anos depois. Ele estava agora com uns 20 anos e só aos 30, ele começaria a entender o que Deus estava fazendo com ele e através dele.
Talvez tenha pensado: não sei o que está acontecendo, mas Deus está no controle; não sei como vai terminar esta história, mas Deus está comigo. As coisas poderiam ser mais suaves, mas seja o que Deus quiser.
A despeito das adversidades, José tinha a clara noção de que Deus estava com ele. Sua vida refletia esta convicção. Ele passou as noites na cadeia e no esquecimento sem entender o que lhe acontecia, mas certo de que Deus ainda faria as coisas convergirem para o seu bem (Romanos 8.28).
Deus não mudara sua sorte antes, de escravo dos ismaelitas a preferido de Potifar?
