Sábado, 05/04/14 — A INFÂNCIA É PARA SEMPRE

Refletindo: 1Reis 1.6
 
Davi nunca repreendeu seu filho Adonias, sobre quem pouco sabemos (2Samuel 3.4).
A experiência com Amnon e com Absalão não deixaram marcas suficientes para que o grande rei fosse um bom pai.
Há grandes profissionais que são péssimos em casa, não por falta de amor, mas por falta de atenção à sua tarefa para com a família.
Não adiante ser rei lá fora e medido dentro de casa. Assim foi Davi.
Ele perdeu onde também deveria ganhar.
O fracasso de Davi nos estimula a refletir sobre a nossa vida como pais, se o somos ou para quando o formos.
A infância é para sempre. É na infância que as orientações para o resto da vida são dadas.
Se soubéssemos, teríamos sido pais diferentes.
Enquanto cuidávamos da vida, nosso filho aprendia a andar de bicicleta. Quando nos veio contar que podia andar sem rodinhas, não demos importância. Até hoje ele vive em busca da aprovação que não teve.
Enquanto propúnhamos alvos elevados, nosso menino chegou com o seu boletim: tirou nove. E o que dissemos: "eu esperava que você tirasse 10"". E ele passou toda a sua vida procurando aquele ponto que faltou.
Enquanto seguíamos as metas traçadas, estivemos distantes, mantivemo-nos ausentes, certos de que nossa tarefa era prover pão. Para nós, o pão recheado não podia faltar, mas para nossos filhos o que fizeram falta foram o passeio na praia, mesmo que regado a pão seco, os livros lidos juntos, os filmes comentados juntos, a pipoca espalhada pelo chão, a viagem num carro velho.
Se soubéssemos que a infância de nossos filhos era para sempre, teríamos feito diferente. Pelo menos, teríamos tentado.