Quem vê o ator Robin Williams atuando no cinema não consegue associá-lo a um quadro de depressão e suicídio. O filme “Uma babá quase perfeita” é uma obra de humor e alegria. Na maioria dos filmes em que atuou, seus personagens estavam sempre de bem com a vida. No entanto, não podemos confundir uma obra de ficção com o mundo real. O verdadeiro Robin Williams estava sofrendo.
Segundo o Dr. Anton Tolman, autor do livro Depressão em adultos, as pessoas que tem depressão sofrem tipicamente de uma perturbação persistente do humor com interrupções simultâneas nos pensamentos, nos comportamentos e no funcionamento psicológico e social. Sendo assim, pode-se entender o que levava o ator a estar constantemente fazendo uso de drogas e álcool e a frequentar clínicas de reabilitação.
Robin Williams não estava conseguindo superar sozinho seus momentos de crise. O suicídio, que é o ápice da depressão, foi a solução encontrada pelo ator para lidar com tanto sofrimento. Contudo, este não é o melhor “remédio” para tratar da depressão.
A participação da família junto à pessoa que está sofrendo é de grande importância. É ela quem pode ajudar a identificar as mudanças de comportamento e humor que afetam a pessoa deprimida. Na maioria dos casos é a família quem conduz o paciente para o médico, sendo esta a primeira providência a ser adotada. Tentar animar a pessoa com “palavras exortativas” do tipo: “sai dessa”,” reage”, “levanta a cabeça” talvez aumentem ainda mais a sua aflição. Tomar remédios sem orientação médica, nem pensar. Com ajuda terapêutica, o paciente pode aprender a lidar com as emoções. É importante, por parte da família e também dos amigos, criar um ambiente de confiança, aceitação e respeito enquanto a pessoa estiver no momento de crise. Ela precisa perceber que a família e os amigos não estão em uma “sociedade dos poetas mortos”.