A nosso respeito vão se dizendo coisas. Quando nos são favoráveis, aceitamos como sendo verdadeiras, mesmo que não nos descrevam.
Sem que precisemos pagar a um especialista, nossa imagem pessoal vai sendo construída, com a nossa participação.
No cardápio das imagens boas estão adjetivos como afetuosos, bondosos, confiáveis, doces, elegantes, felizes, generosos, honestos.
Se estamos nos caminho destas virtudes, devemos aceitá-los com humildade.
Se estamos longe destas marcas, devemos preferir a libertadora verdade.
O problema é que a libertadora verdade desmente o que dizem que somos e o que dizemos que somos. Preferimos, então, a confortável mentira, mesmo que secretamente ela nos chicoteie.
Se o que nos caracteriza, mesmo que por razões alheias ao nosso expresso desejo, é uma ou mais características tristes, como a indiferença, a maldade, a infidelidade, a amargura, fúria, a tristeza, o egoísmo, a mentira, podemos e devemos almejar outro estilo de vida.
A mudança começa quando decidimos que não seremos ser o que estamos sendo e continua quando buscamos a ajuda de alguém para nos apoiar em nossa nova caminhada.
Persistir em nossos defeitos não enriquece o nosso currículo.
Tentar mudar sozinho é tão enganoso quanto negar o que somos.
Subestimar nossos defeitos e seus danos, a nós e aos outros, é fazer pouco da nossa própria inteligência e da percepção dos outros.
Imagem não é tudo.
ISRAEL BELO DE AZEVEDO