Terça, 11/11/14 — GRAÇA É POEMA NOVO

Refletindo: Efésios 2.10

Graça não é remendo. Na vida, por nós mesmos, o máximo que podemos fazer é remendar. E, muitas vezes, nossos remendos são piores que o tecido anterior.
Éramos lindos sonetos, mas fomos despedaçados pela queda. Não adianta emendar a obra. Tem que ser refeita. A graça a refaz/
Conta-se que o poeta português Manuel Maria Barbosa du Bocage (1765-1805) foi procurado por um poeta que lhe entregou um soneto com pedido de que o lesse e o corrigisse. No dia seguinte, o aprendiz procurou o poeta, que lhe respondeu que não fez qualquer reparo, uma vez que o poema era tão ruim que a emenda ficaria pior que o soneto.
Como o soneto submetido ao poeta, somos  sonetos que precisam ser escritos. A graça faz isto.
Graça é tecido novo; é vida nova, que não depende de nós.
Se a salvação dependesse de nós, seria feita com cacos de barro, formando vasos cheios de rachaduras. Se a salvação dependesse de nós, seria como um vestido ou uma camisa cheia de
remendos à vista.
Graças a Deus, a nossa salvação depende de Deus.