Segunda, 12/01/15 — FORA DO ALVO

Refletindo: Gênesis 3.15


Podemos oferecer inúmeras explicações para a natureza humana, tanto individual quanto coletiva.
Todas as explicações reforçam a visão que nossos olhos têm: a vida humana está longe do que deveria ser. Na perspectiva da revelação bíblica, podemos afirmar que o ser humano está longe de ser o que Deus quis e quer que ele seja.
A explicação bíblica, que se encontra desde o capítulo 3 de Gênesis, é que o homem caiu. Quando caiu, ele saiu da presença de Deus. Quando caiu, ele negou a natureza de sua criação, que era viver em harmonia com Deus, com a natureza, consigo mesmo e com os demais seres humanos.
O fato concreto, indiscutível, é que todo ser humano é escravo das conseqüências da sua queda original, que que é atualizada por todos os seres humanos.
A culpa existe e resultou da ação humana de recusar a Deus. No entanto, Jesus veio para assumir uma culpa que não tinha porque era nossa.
A pergunta que muitos fazem é: "Pode alguém morrer por outrem?" Pela lógica humana, não. A lógica divina é outra.
Com a queda, o homem renunciou ao seu companheirismo e preferiu outros companheiros. O homem se aliou ao inimigo, inimigo que o escravizou, mas o próprio Deus veio para ferir de morte este inimigo e permitir a vida aos seus filhos.
O máximo que a cobra conhece, porque é baixa, é ferir o calcanhar, mas, Jesus, do alto da cruz, lhe fere a cabeça. Tira-lhe a força. Aniquila-lhe o poder.
O destino do inimigo de Deus e de nossas almas está selado. Embora vá ferir a descendência humana no calcanhar, ele será ferido mortalmente na cabeça. Esta é a primeira promessa messiânica. Jesus foi ferido no calcanhar, ao ser levado à cruz. O crime que parecia o seu fim teve o desfecho que conhecemos: na cruz, ele levou as nossas enfermidades; no túmulo, ele venceu a morte; no Pentecostes, ele deixou o Espírito Santo para nos conduzir.
Na verdade, foi na cruz que Jesus Cristo feriu de morte a cobra. Ela ainda cambaleia por aí, ameaçando-nos, mas sua morte é uma questão de tempo.
E que fazemos com o pecado?
Diante do pecado, podemos simplesmente achar que ele não existe ou corajosamente reconhece-lo como parte de nossa vida.
Diante do pecado, podemos simplesmente explicá-lo como um exercício de liberdade ou corajosamente pedir, realmente arrependidos, perdão a Deus por ele.
Diante do pecado, podemos simplesmente pretender que Deus não nos "culpa" ou corajosamente aceitar o seu perdão.
Diante do pecado, podemos simplesmente carregar a culpa para sempre ou corajosamente descansar, certos que, uma vez apagado, ele é completamente esquecido por Deus, como se fosse um objeto lançado nas profundezas ocultas do oceano, de onde nunca mais pode voltar.