EFRAIM (Sylvio Macri)

“Quanto ao segundo, ele o chamou de Efraim, ‘porque’, disse ele, ‘Deus me tornou fecundo na terra da minha infelicidade’”. (Gênesis 41.52).
 
Duas vezes vítima de desgraças, ainda muito jovem, José conseguiu vencê-las, não só por sua fidelidade, mas porque, como diz mais tarde, isto fez parte do plano de Deus para preservar vidas (Gn.45.5). Seus irmãos o venderam para mercadores que o venderam a Potifar, no Egito. Quando tudo ia bem para ele na casa de Potifar, a mulher deste, cobiçando-o e não conseguindo conquistá-lo, armou uma mentira contra ele, e ele foi preso. Ainda estava mofando na cadeia, quando foi chamado para interpretar um sonho do Faraó que ninguém conseguia decifrar. José não só interpretou o sonho como apresentou ao Faraó um plano para enfrentar a catástrofe que o sonho mostrou que iria acontecer em alguns anos.
 
Percebendo que José era um homem abençoado por Deus, o Faraó fê-lo governador de todo o Egito, deu-lhe uma esposa de alta estirpe e ele teve dois filhos: Manassés e Efraim. O significado de Efraim é “fecundo” ou “frutífero”. José chamou o Egito de “terra da sua infelicidade”, mas foi lá que Deus o abençoou e o tornou fecundo. É por fatos como esse que “sabemos que Deus faz com que todas as coisas concorram para o bem daqueles que o amam, dos que são chamados segundo o seu propósito.” (Rm.8.28). Foi exatamente isso que José disse a seus irmãos, temerosos pelo que haviam feito a ele: “Não fostes vós que me enviastes para cá, mas sim Deus, que me colocou como pai do faraó, como senhor de toda a sua casa e como governador de toda a terra do Egito.” (Gn.45.8).
 
Os descendentes de Efraim formaram uma das mais numerosas e poderosas tribos de Israel. E foi sob a liderança um desses descendentes, Josué, que o povo de Israel conquistou a terra prometida. Portanto, os frutos de José foram muito além do que ele pensava (mas não além do que Deus planejava), quando chamou o seu segundo filho de Efraim.
 
Pr. Sylvio Macri