SANTIDADE POR CONTÁGIO (Sylvio Macri)

“O Senhor disse a Moisés: Fala a toda a comunidade de Israel dos israelitas: Sereis santos, porque eu, o Senhor, sou santo.” (Levítico 19.1,2)
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Não há dúvida que temos aqui um imperativo, uma ordem; que se repete no capítulo seguinte (Lv.20.7,20). Mas com o título acima queremos dizer que aqui temos também uma afirmação: se era santo o Deus que caminhava pelo deserto com o povo, este, consequentemente, seria contagiado com tal santidade. Diz o ditado: “Dize-me com quem andas, e dir-te-ei quem és.”
 
Os israelitas tinham a visão da santidade do Senhor, em suas contínuas manifestações. Tinham a sua presença santa por meio do tabernáculo, que ficava no centro do acampamento. Ouviam a sua palavra santa por meio de Moisés, seu profeta. É certo que a proximidade com o Deus santo nos constrange e nos faz buscar também a santidade pessoalmente.
 
A visão da santidade de Deus opera em nós o reconhecimento da nossa impureza, como aconteceu com Isaías (Is.6.5). Sua presença santa torna santo todo o ambiente, como aconteceu quando o chefe do exército do Senhor apareceu a Josué (Js.5.15). Sua palavra santa nos ensina o passo da passo da santidade (Salmo 1.1-3).
 
Mas ser santo não é o mesmo que fazer pose para uma fotografia, não é só uma aparência arrumadinha. Como Jesus disse aos fariseus, pode-se melhorar muito a aparência de uma sepultura, mas por dentro ela continuará sendo um depósito de podridão (Mt.23.20). No contexto do versículo acima transcrito, vemos que ser santo implica em ações concretas, como, por exemplo, fazer provisão para os pobres e desabrigados (Lv.19.9,10), ou não colocar em risco a vida do próximo (Lv.19.14). Veja os capítulos 19 a 21.  
 
Ser santo como Deus é santo, é ser como ele seria, falar como ele falaria e agir como ele agiria em toda e qualquer situação.
 
Pr. Sylvio Macri