“Se alguém dentre vós, ou dentre os vossos descendentes, estiver impuro por ter tocado um cadáver, ou estiver longe, em viagem, mesmo assim celebrará a Páscoa ao Senhor. No segundo mês, no dia catorze, à tarde, eles a celebrarão.” ( Números 9.10,11a).
Pela primeira vez, depois que saíram do Egito, os israelitas “celebraram a Páscoa, no dia catorze do primeiro mês, à tarde, no deserto do Sinai”(Nm.9.5). Entretanto, “havia alguns que estavam impuros por terem tocado o cadáver de um homem naquele dia” (Nm.9.6). Apesar de saberem que não poderiam participar da Páscoa, mas com grande desejo de fazê-lo, foram a Moisés para expor sua situação. Parece que Moisés pensou consigo mesmo que Deus não lhe havia falado sobre esses casos especiais, e respondeu: Vou expor seu caso ao Senhor e vamos aguardar sua resposta.
A legislação mosaica era muito simples, em muitos pontos não descia a detalhes, mas isso não quer dizer que fosse inflexível. A resposta do Senhor foi que sim, eles e todos os que tivessem um impedimento justificado, poderiam celebrar a Páscoa também, pois teriam uma segunda oportunidade para fazê-lo exatamente um mês depois. Mas, se houvesse alguém que não tivesse nenhum impedimento justificado e não celebrasse a Páscoa no tempo determinado, “esse homem sofreria por causa do seu pecado” (Nm.9.13).
A Páscoa era um dos três grandes atos de adoração festiva dos quais todo o povo deveria participar, com dia e hora marcados. Por isso, os homens acima citados não queriam ficar de fora. Com sua resposta, o Senhor mostrou a eles, e a nós hoje, que adoração é mais que uma data no calendário. Se você tem algum impedimento para estar junto com a sua congregação no dia e hora marcados, não se entristeça; busque outras oportunidades para fazê-lo de todo coração. As igrejas, por sua vez, precisam praticar a flexibilidade nesse assunto, e prover oportunidades de adoração e comunhão para os que não podem estar nas reuniões usuais.
Pr. Sylvio Macri