“Se vieres conosco, faremos a ti o bem que o Senhor nos fizer.” (Números 10.32).
O povo de Deus estava deixando a região do Sinai, onde morava Hobabe (Jetro), sogro de Moisés, que não querendo se afastar dele, convidou-o para irem juntos em direção à terra prometida. O sogro disse que não iria. Moisés insistiu, apresentando mais uma razão: Hobabe conhecia bem os caminhos do deserto e os israelitas precisavam da sua ajuda. Moisés disse ao sogro: “Tu serás nossos olhos.” (Nm.10.31). E para convencê-lo melhor, prometeu-lhe dar-lhe os mesmos direitos que o Senhor concedesse aos israelitas na terra prometida. Esse o sentido do versículo acima transcrito. O texto não esclarece se o sogro aceitou o pedido de Moisés.
Se Hobabe aceitasse ir, abençoaria o povo de Deus, pois certamente seria um excelente colaborador de Moisés devido ao seu conhecimento do deserto; não só dos caminhos, mas também da cultura do deserto. Se Hobabe fosse também seria abençoado, pois iria ter parte na “terra que manava leite e mel”. É isso que deve acontecer quando nos juntamos ao povo de Deus: abençoarmos e sermos abençoados. Ao chegarmos trazemos todo um potencial de participação que precisa ser devidamente aproveitado, e ao sermos recebidos como devemos, integramo-nos e somos integrados no corpo de Cristo, com todos os direitos de quem já estava lá.
Infelizmente nem sempre temos pessoas como Moisés em nossas congregações. Ou, se quisermos usar outro exemplo, este do Novo Testamento, nem sempre encontramos um Barnabé nas igrejas. Como é bom encontrar pessoas acolhedoras quando nos transferimos para uma nova igreja. Por outro lado, há pessoas que vão para uma outra igreja, principalmente para uma das grandes, para se “esconderem”. Estes são os que não querem abençoar, mas querem ser abençoados. Geralmente eles não gostam de ser cobrados por sua falta de participação, mas usufruem de tudo o que lhes oferecido, e que certamente custou a participação de outros.
Andar com o povo de Deus é uma troca: servimos e somos servidos.
Pr. Sylvio Macri