Então disseram uns aos outros: Não estamos fazendo o que é certo; este dia é dia de boas novas, e nós nos calamos. Se esperarmos até a luz da manhã, algum castigo nos sobrevirá; vamos agora e anunciemos no palácio do rei.” (2Reis 7.9).
O exército de Ben-Hadade, rei da Síria, cercou Samaria durante tanto tempo que acabou toda a comida na capital do reino de Israel. Chegou ao ponto de uma mulher matar seu próprio filho para servir de alimento. A esta altura o rei já não sabia o que mais fazer ou que dizer, e jogou a culpa sobre Eliseu, o profeta. Talvez não no sentido de que fosse diretamente culpado, mas porque, como profeta capaz de operar tantos milagres, ele não estava fazendo nada. E o rei resolveu ir até a casa do profeta.
Realmente, ao chegar o rei, Eliseu estava calmamente sentado em sua casa junto com uns anciãos. “Então Eliseu disse: Ouvi a palavra do Senhor; assim diz o Senhor: Amanhã, por estas horas, na entrada de Samaria, uma medida de farinha será vendida por um siclo, e duas medidas de cevada por um siclo.” Um capitão que acompanhava o rei duvidou da profecia de Eliseu. Nem se Deus fizesse janelas no céu, disse. Você vai ver, mas não comer, disse o profeta.
Fora dos muros da cidade ficavam quatro leprosos que, por causa da sua doença, que os tornava imundos, não podiam entrar na cidade. E falavam uns aos outros: O povo da cidade está morrendo de fome, se lá entrarmos será para morrer também. É melhor irmos até o acampamento dos sírios; quem sabe se, em vez de nos matar, nos deixam viver e até nos alimentam?
Mas, que surpresa! Ao chegarem ao acampamento o encontraram abandonado, “porque o Senhor fizera ouvir (….) um som de carros e cavalos, como de um grande exército.” Por isso, ao cair da noite, eles “deixaram o acampamento como estava e fugiram.” Os leprosos então comeram, beberam e saquearam duas tendas, mas logo caíram em si e disseram, uns aos outros, o que está registrado no versículo acima.
Imediatamente entraram na cidade para contar ao rei as boas novas. Pensando que fosse uma armadilha, o rei mandou verificar se era verdade a informação deles e foi confirmada a boa notícia, que se espalhou. E na corrida desabalada para saquear o acampamento sírio, a multidão que saía da cidade acabou pisoteando e matando o capitão que havia duvidado de Eliseu. (Veja todo o texto em 2Rs.7)
Prezados leitores: assim como aqueles leprosos, ao experimentarmos a abundância do “Pão da Vida”, não podemos nos calar. Contemos ao mundo que quem vai a Jesus terá sua fome de Deus satisfeita para sempre (Jo.6.35).
Pr. Sylvio Macri
