É muito triste lidar com líderes institucionais, que só fazem amizade com base nos interesses corporativos. Homens e mulheres artificiais, voltados para si mesmos e que têm dificuldade com amizades sinceras. Sua ética é relativa e suas convicções sofríveis, pois elas refletem o seu modo de vida. Líderes institucionais são organizacionais e não pelo organismo. Suas decisões são embasadas em números frios e dentro de uma filosofia marcada pelo utilitarismo. Geralmente não agem com lisura. Estão preocupados com o aqui e agora. São focados em métodos e não em pessoas.
Esses líderes são ansiosos e voltados para o egocentrismo. Gostam do pódio e da venda de sua imagem. São narcisistas e estilistas. Não gostam de dividir, de repartir. Apreciam reter para o seu benefício apenas. Geralmente são seguros na área financeira. Eles têm a capacidade de desconstruir a liderança de outros. Derrubar o que o outro líder fez. A família sofre com esta espécie de líderes. Eles adoecem os seus de casa e os que vivem à sua volta nas organizações por aí.
É inseguro conviver com líderes com essa postura gananciosa. Eles atuam muito mais com a cabeça do que com o coração. Não há empatia neles. São especialistas em cobrar desempenho. Não há neles uma visão de ternura e nem de solidariedade. O seu linguajar é marcado pelo lucro, projeção e hedonismo ou prazer em si. Judas, em sua carta, nos informa os traços destes líderes institucionais: “Estes são manchas em vossas festas de caridade, banqueteando-se convosco e apascentando-se a si mesmos sem temor; são nuvens sem águas, levadas pelos ventos de uma para outra parte, são como árvores murchas, infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas; ondas impetuosas do mar, que escumam as suas abominações, estrelas errantes, para os quais está eternamente reservada a negrura das trevas… Estes são murmuradores, queixosos da sua sorte, andando segundo as suas concupiscências, e cuja boca diz coisas mui arrogantes, admirando as pessoas por causa do interesse” (vv.12,13,16).
Que o Pai nos livre de líderes assim e nos dê líderes amorosos e que gostam de gente. Que Ele nos conceda líderes com a fé de Abraão; com a persistência de Jacó; com a pureza de José; com a intrepidez e ousadia do profeta Elias; com a obediência de Samuel; com a coragem de Davi; com a sabedoria de Salomão; com a integridade de Daniel; com a firmeza de João Batista; com o amor, a mansidão e a humildade do Senhor Jesus e o espírito evangelístico de Paulo. Que em tudo o Pai seja glorificado!