Terça, 28/04/15 — UM ERRO FATAL

Refletindo: Juízes 19.29-40
 
Deus chamou Jefté, por meio do seu Espírito Santo, para libertar o povo da opressão exercida pelos amonitas, que atravessavam o rio Jordão para atacar os israelitas em Canaã.
Em sua fidelidade sincera a Deus, Jefté, superando seus traumas familiares, fez uma promessa a Deus e a cumpriu. Ele prometeu matar como uma oferta de gratidão a Deus pela vitória o primeiro ser que reencontrasse ao voltar para casa. Ele jamais poderia imaginar que seria sua filha, sua única filha.
A história do sacrifício da filha de Jefté nos lembra que a Bíblia contem textos descritivos e textos prescritivos. Os textos que contam histórias não aprovam ou reprovam os atos narrados. Os textos que trazem instruções demandam que obedeçamos. As histórias podem ser exemplares negativa ou positivamente.
A promessa (ou voto) feita por Jefté é narrada. Não quer dizer que Deus aprove seu gesto e ou que peça que façamos os mesmos.
A leitura da história toda de Jefté (Juízes 11 e 12) nos mostra que, embora fosse um homem de extraordinária fé, cometeu muitos erros, entre os quais um voto que não lhe foi solicitado. Seu gesto foi fruto do seu desconhecimento sobre Deus, porque em nenhum lugar da Bíblia ele pede sacrifícios humanos. No único caso que parece negar esta afirmativa, que foi o de Abraão e Isaque, tratava-se apenas de um teste: era como se perguntasse, como faria depois ao apóstolo Pedro: amas-me (João 21.15-17).