Refletindo: Salmo 103.1.1-2
Quando o salmista nos conclama a louvar a Deus, está pedindo uma resposta. A religião é uma resposta; foi Deus quem tomou a iniciativa de nos amar (1João 4.19).
Louvar a Deus é, em si, uma bênção de Deus. Esta é a primeira das bênçãos. Nós não o faríamos, se não fôssemos abençoados primeiramente por ele.
Quando o salmista reforça o convite (“todo o meu ser”), insiste que esta bênção deve envolver a totalidade do nossa vida e não apenas alguma de suas dimensões. A contemplação de seus benefícios nos permite ficar em silêncio ou limitar o louvor ao tempo em que estamos no culto. Nossa bênção a Deus é fruto de um desejo interno profundo.
A bênção já saiu de nossa boca quando nos pomos a cantar louvores. "Quando estamos na igreja e cantamos um hino, nossas vozes entoam louvores a Deus como podemos; quando deixamos a igreja, deixemos nossas almas louvar a Deus. Quando estamos envolvidos no trabalho de cada dia, deixemos nossas almas louvar a Deus. Quando estamos comendo, lembremos do que disse o apóstolo: `Seja no comer e no beber, faça tudo para a glória de Deus'. Quando estamos dormindo, deixemos nossas almas louvar a Deus. Não deixemos que pensamentos ruins surjam; não deixemos que a maquinação do roubo se forme; não deixemos que os planos voltados para o erro nos envolvam. Que a nossa inocência enquanto dormimos seja voz das nossas almas". (Agostinho de Hipona, século 4 d/C.)