“Cada momento de resistência à tentação é uma vitória.”
(Frederick W. Faber)
Tentação é o que nos desvia. — O objetivo da tentação é nos desviar do caminho que demarcamos como sendo o nosso, junto com Deus. "A essência da tentação é o convite a que vivamos independentemente de Deus". (Neil T. Anderson)
Sempre seremos tentados, mas, como pregou António Vieira, "o mal não está em ser tentado; está em ser vencido". Na verdade, "ser tentado não é em si pecado. O que devemos temer é ceder à tentação e dar lugar a ela em nossos corações". (J.C. Ryle)
A tentação nos desvia de bons objetivos, por parecerem que são melhores; da santidade que escolhemos como nossa meta e acabamos renunciando; do compromisso de servir, para sermos servidos; da honra a Deus, para sermos aplaudidos em seu lugar, da fidelidade conjugal, em troca de uma paixão que não demanda verdadeira entrega; da fé bíblica em troca de outras perspectivas. A propósito, pode ser que Jesus também esteja especificamente se referindo ao perigo da apostasia nos tempos do fim.
Orar para não sermos tentados. — Diante dos perigos reais, cada um de nós deve se perguntar sobre a tentação que já no desviou.
Aprendemos com o "Pai Nosso", que devemos orar para não cair em tentação. Sem Deus ao nosso lado, cairemos.
"Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca" (Marcos 14.38).
Quando oramos, Deus nos fortalece. Ele nos capacita para resistir à tentação. "A razão porque muitos falham na batalha é porque esperam a hora da batalha. A razão porque outros triunfam é porque obtêm sua vitória com seus joelhos dobrados antes de a batalha começar. Antecipe suas batalhas. Lute-as sobre seus joelhos antes de a tentação chegar e você sempre terá a vitória". (R.A. Torrey)
Devemos orar assim, como Tertuliano (A.D. 160-220), em sua paráfrase: "não permita que sejamos levados à tentação por aquele que tenta". Não somos levados a tentação por Deus (Tiago 1.13).
Resistir é preciso — O negócio de Satanás é nos tentar. Para tanto, ele mira a cobiça, que nos atrai, dando luz ao pecado que, "uma vez consumado, gera a morte" (Tiago 1.15).
Devemos resistir. O preço de resistir à tentação é menor do que o pago pelas consequências de lhe ter cedido.
Nós podemos resistir à tentação.
Este é o sentido de 1 Coríntios 10.13
"Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar.
Sem dúvida, "anossa resposta à tentação é um perfeito barômetro de nosso amor a Deus". (Erwin Lutzer)
Como anotou Rick Warren, cada vez que derrotamos a tentação, nós nos tornamos mais parecidos com Jesus.
ISRAEL BELO DE AZEVEDO