Roteiro para Pequenos Grupos – JÁ QUE A MORTE É MESMO INEVITÁVEL

Isaias 6.1
JÁ QUE A MORTE É MESMO INEVITÁVEL
 
A morte do rei Uzias foi um marco na vida do profeta Isaías.
Conosco não é diferente.
A morte faz parte de nossas vidas.
Como todos sabemos, a morte é o último capítulo das biografias de todos os seres humanos. Eles podem viver muito ou pouco, mas morrerão, depois de terem vivido muito ou pouco.
O capítulo 5 de Gênesis resume as biografias de dezenas de pessoas, como Matusalém, o que teve vida mais longa na história humana (Gênesis 5.26-27).
Diante da inevitabilidade da morte, os homens não a desejam; antes, vêm, ao longo do tempo, modelando seus corpos, multiplicando os remédios e as técnicas médicas, seja para negá-la, seja para retardá-la. Negar a morte é gesto inútil e alienado, por mais que haja mais academias para o corpo do que livrarias para as mentes em nossas cidades. Retardá-la é um esforço legítimo, desde que se saiba que está uma batalha perdida. Desejá-la é atitude enferma, porque Deus pôs em nós o sentimento da eternidade (Eclesiastes 3.11).
Assim, já que a morte está aí, pronta para chegar em hora não sabida, eis o que devemos fazer:
 
1. Consideremos a morte como ela é: sofrimento, separação, saudade.
Morte é sofrimento duplo: para quem vai e para quem fica a dor é imensa.
Morte é separação real, para quem fica, e separação temida, para quem vai.
Morte é saudade, para quem fica.
Quanto pressentiu a morte, Jesus desejou não experimentá-la, por causa do sofrimento que a envolveria.
As realidades do sofrimento, da separação e da saudade não devem gerar em nós um sentimento de autopiedade, porque a vida continua)…
 
2. Renunciemos ao sentimento de onipotência.
A morte faz parte da vida. Aceitar este fato não é conformismo, mas evidência de sabedoria. Sejamos mais humildes. A humildade é a lição dos sepulcros. Há alguns lindos, mas dentro deles não há vida…
Os fortes morrerão, como os fracos também morrerão.
 
3. Aceitemos que Deus ainda está no controle.
Apesar da realidade da morte, a história tem um Senhor. Até os cabelos de nossas cabeças estão contados por Ele (Mateus 10.30).
Não se revolte contra Deus. O revoltado é aquele se rebela contra ele (como se ele fosse o culpado) questiona-o por ter determinado ou não evitado a morte.
 
2.4. Creiamos na ressurreição.
Se a morte é a sexta-feira da vida, a ressurreição é o domingo. Jesus foi assassinado numa sexta-feira, mas ressuscitado num domingo bem cedo. 
O apóstolo Paulo mostra que Jesus Cristo matou a morte, dando-nos vitória sobre ela
(1Coríntios 15.54-57)
 
5. Vivamos sem máscaras.
Relacionemo-nos com pessoas, não com máscaras. Relacionemo-nos como pessoas, não como máscaras. Os nossos papéis sociais são apenas papéis, nunca as nossas identidades.
 
6. Valorizemos a diversidade da vida que as gerações propiciam.
Os mais novos idades devem valorizar os mais velhos, porque a velhice é um ciclo que poderão alcançar. Eles têm muito a ensinar, embora não possam mais correr. Nem por isto podem ser desgastados.
Os mais velhos devem valorizar os mais novos, que estão chegando com a vida a pulsar; há muitos idosos que querem que os mais novos tenham os seus gostos e os seus hábitos. Ainda bem que não têm.
 
7. Valorizemos as pessoas agora.
Elogiemos, cultivemos agora os nossos filhos, nossos pais, nossos amigos.
Não dê motivo para se sentir culpado quando o outro (pai, filho, cônjuge, neto, avô) se for. Muito da dor do luto vem da culpa de não ter curtido o vivo. Davi chorou a morte do filho Absalão (2Samuel 18.33), mas é possível que parte da sua dor tenha advindo de sua culpa pelo péssimo pai que foi.
 
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