“Jesus respondeu: Vai, o teu filho viverá! O homem creu na palavra que Jesus lhe dissera e partiu.” (Jo.4.50).
Logo que chegou de volta de volta à Galiléia, Jesus foi procurado por um oficial do rei cujo filho estava à beira da morte. Jesus estava em Caná da Galiléia e o oficial dirigiu-se para lá e insistia com o Mestre que fosse a Cafarnaum, onde estava seu filho, para curá-lo. Em resposta Jesus lhe disse: “Se não contemplardes sinais e prodígios jamais crereis.” (Jo.4.48). Embora o homem suplicasse que Jesus o acompanhasse, ele recusou-se a ir. Em vez disso, mandou-o de volta para casa, garantindo-lhe: Teu filho viverá. O homem creu e partiu.
No caminho de volta encontrou alguns dos seus servos, que foram ao seu encontro especialmente para lhe darem a boa notícia de que seu filho não morrera. Na conversa com seus servos descobriu que o moço fora curado exatamente no momento em que Jesus dissera que ele viveria. Assim, esse “segundo sinal que Jesus fez ao voltar da Judéia para a Galiléia” (Jo.4.54), foi registrado para mostrar que tipo de fé Jesus espera de nós.
Mas parece que Tomé, já fim do ministério de Jesus ainda não havia entendido bem essa questão. Não estando presente quando Jesus ressurreto apareceu aos apóstolos, duvidou do que disseram: “Se eu não vir o sinal dos pregos nas mãos e não puser o meu dedo no seu lado, de maneira nenhuma crerei.” (Jo.20.25). Ao aparecer Jesus novamente, estando presente Tomé, este creu, e Jesus lhe disse: “Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram.” (Jo.20.29). Ainda hoje muitos precisam de sinais e prodígios para crer.
O autor da Carta aos Hebreus diz: “Pela fé entendemos que o universo foi criado pela palavra de Deus, de modo que o visível não foi feito do que vê”. (Hb.11.3). O mesmo Deus que criou do nada todas as coisas por meio da Palavra, pela mesma Palavra pode recriar, curar, restaurar, transformar, o que criou. Pois “a fé é a garantia do que se espera e a prova do que não se vê” (Hb.11.1). Se você precisa ver para crer, pobre é a sua fé.
Pr. Sylvio Macri
