“E, acima de tudo, revesti-vos do amor, que é o vínculo da perfeição.” (Colossenses 3.14).
No capítulo 3 da sua Carta aos Colossenses, Paulo usa uma interessante analogia entre o que ocorre na vida do cristão após a sua conversão e o ato de trocarmos de roupa, mais especificamente o ato de desvestir uma roupa velha para vestir outra totalmente nova. A roupa velha é a antiga natureza do cristão antes de ser transformado pelo poder de Cristo. A roupa nova é o resultado dessa transformação.
Nos versículos 10 e 11, o apóstolo diz: “Já vos despistes do velho com suas ações e vos revestistes do novo homem, que se renova para o pleno conhecimento segundo a imagem daquele que o criou.” O velho homem é dominado pelas inclinações carnais, que são: prostituição, impureza, paixão, desejo mau e avareza, raiva, ódio, maldade, difamação, palavras indecentes do falar, mentira.
O novo homem é separado, escolhido e amado por Deus, para ser revestido de um coração cheio de compaixão, bondade, humildade, mansidão, paciência, tolerância e perdão, um coração dominado pela paz de Cristo e habitado abundantemente pela Palavra de Deus. Mas o melhor dessa roupa nova é o amor, que é o elo que une todas as essas virtudes e as transforma em um conjunto harmonioso.
Alguns comentaristas entendem que o amor como vínculo da perfeição se refere à uma última peça de roupa a ser vestida sobre todas as outras, sem a qual a vestimenta não fará sentido, não estará completa. Outros entendem que o amor é como um belíssimo cinturão que amarra e firma todas as outras peças em seu devido lugar.
De qualquer maneira o objetivo do apóstolo é mostrar que o amor é que motiva, permeia e regula a nova vida em Cristo. Ele é como aquele laço de fita bonito que dá o acabamento perfeito em um embrulho para presente.
Pr. Sylvio Macri