FESTA DE CASAMENTO (Sylvio Macri)

“Alegremo-nos, exultemos e demos glória a ele, porque chegou o momento das bodas do Cordeiro, e sua noiva já se preparou, e foi-lhe permitido vestir-se de linho fino, resplandecente e puro; pois o linho fino são as obras justas dos santos.” (Apocalipse 19.7,8).

Todos nós gostamos de festas de casamentos. Poucos momentos são mais alegres e emocionantes do que uma cerimônia de casamento e a celebração que se segue. Felizes são os convidados para uma festa de casamento. É exatamente isso que o anjo diz a João, com respeito às bodas do Cordeiro. “E me disse: Escreve: Bem-aventurados os que são chamados à ceia de núpcias do Cordeiro!” (Ap.19.9).

A propósito de festas de casamento, Jesus contou duas parábolas altamente instrutivas (Mt.22.1-14 e 25.1-13), e no seu mais belo ensino sobre o casamento, Paulo disse: “Maridos, cada de um de vós ame a sua mulher, assim como Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, a fim de santificá-la, tendo-a purificado com o lavar da água, pela palavra, para apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha, nem ruga, nem qualquer coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.” (Ef.5.25-27).

No Novo Testamento o esposo é Cristo e a esposa é a igreja. No Antigo Testamento o esposo é Yaweh e a esposa é Israel (Is.54.5-6; Jr.31.32; Ez.16.8-14). Este tema é tratado com a devida imponência no Apocalipse. Aqui temos, por enquanto, apenas o anúncio das bodas, que serão descritas no capítulo 21, mas o texto acima fala do vestido da noiva, que é de “linho fino, resplandecente e puro”, num contraste muito grande com o da mulher descrita em Apocalipse 17.4,5: “A mulher estava vestida de púrpura e de vermelho, enfeitada de ouro, pedras preciosas e pérolas; (….) e na sua testa estava escrito um nome simbólico: A grande Babilônia, mãe das prostituições e das abominações da terra.”

Na antiguidade havia vários tipos de linho, mas esse que é mencionado aqui é o linho branco fino produzido especialmente no Egito para confeccionar as roupas dos reis, sacerdotes e pessoas de grande posição e riqueza. Um exemplo é o manto do rei Davi em 1Cr.15.27. Foi também um dos tecidos usados para fazer o véu do templo de Jerusalém (2Cr.3.14). Traz a figura de pureza, justiça e santidade. A noiva do Cordeiro se veste com muita simplicidade, mas de um modo pelo qual jamais a grande prostituta poderia vestir-se: com pureza e justiça.

Pr. Sylvio Macri