Terça, 09/02/16 — UMA BOA TEOLOGIA

Refletindo: Salmo 4
 
Se fizermos uma lista honesta dos nossos pedidos, é bem possível que apareçam as coisas que o poeta bíblico chama amplamente de "comida com fartura" (Samo 4.7), onde podem ser incluídas saúde, emprego e algum objeto que precisamos.
Pode ser que nossas orações visem apenas a prosperidade, entendida como riqueza material. Quando agimos assim, nossa teologia é ruim. A teologia do poeta, aqui, é outra. Para ele, a alegria vinda de Deus no seu coração era mais importante do que as coisas, por mais necessárias que sejam. As coisas são boas, mas desaparecem como vieram. Até a saúde abalada e restabelecida, hoje, amanhã irá embora de novo. É própria da nossa humana condição. Por isto, quando recebemos uma bênção de Deus, nós lhe pedimos outra.
O melhor de Deus é a certeza que nos dá de que somos ouvidos por ele. 
Quando nos matriculamos na escola da oração que é a Bíblia, aprendemos que o melhor a pedir é um coração sempre em comunhão com Deus.
Diante de tantas distrações, seduções e oposições, podemos nos desviar do principal, que é a felicidade que vem do amor de Deus. Seu amor é melhor que a vida (Salmo 63.3).
Peçamos o que precisamos, mas peçamos também que Deus nos ajude a nos manter fieis a ele, com uma consciência limpa.