Domingo, 10/04/16 — DUPLA GLÓRIA

Refletindo: João 17.1-5
 
A cruz se aproxima.
Caminhando pelo vale, Jesus pode olhar para os montes de Jerusalém, onde a cruz será montada com o travessão que ele carregou pelas ruas empedradas da cidade.
Seu coração agora está em paz. Antes, estava ansioso com a perspectiva da morte. Daqui a pouco, quando orar no Getsêmani , estará agitado de novo. Agora, não.
Ele reúne seus discípulos, seus 11 discípulos, porque um (Judas) já estava tramando os detalhes da traição, e ora com eles e por eles. O tempo de ensinar passou. O tempo de curar passou. O tempo de pregar passou. Agora é tempo de orar.
E Jesus faz uma oração, a mais longa das registradas no Novo Testamento
Seu tamanho pode nos desviar dela, como acontece com o Salmo 119. Perdemos, se nos desviamos, porque nela Jesus nos revela a inteireza do seu coração, coração apaixonado por sua missão, a missão de nos amar até o fim. Sim, tendo-nos amado, amou-nos até o fim.
A cruz se aproxima.
Perturbado (João 12.27), Jesus refletia sobre o drama da sua missão. Em paz agora, entrega sua vida às mãos do Pai.
Ele está em paz porque, como o apóstolo Paulo diria, anos depois, combateu o bom combate (2Timóteo  4.7), glorificando ao Pai em tudo o que fez. Chegou a hora de completar sua missão e sua missão exigia o sacrifício final, o sacrifício de sua própria vida.
Jesus pede que o Pai o glorifique. Todos oramos assim. Em nosso pedido, ser glorificado implica em ser atendido. A glória de Jesus era outra. A sua glória era a cruz.