Convidado, ele foi. Era um jantar de amigos que não gostavam dele. Todos discordavam da sua visão do mundo, centrada na confiança mútua. Eles desconfiavam de todos, inclusive dele, mas o chamaram para a festa. Ele sabia disto, mas foi. Ele não era amigo apenas de quem era seu amigo.
Como a sociedade separasse os doentes dos sãos, ele chamava os enfermos que fugiam dele. Ele conversava com eles, tocava neles, deixava-se tocar por eles, ouvia suas histórias, sentia suas dores, ao ponto de curar a maioria deles, para espanto geral. Ele não valorizava quem era valorizado.
Quando todos exaltavam os fortes, ele elogiava os fracos; quando todos celebravam os homens, ele escutava as mulheres; quando todos desprezavam as crianças, ele as colocava como exemplos a serem seguidos; quando todos aplaudiam os patrões, ele homenageava os empregados; quando todos queriam ser vistos ao lado dos vencedores, ele era notado ao lado dos derrotados, dos desacreditados, dos desesperançados; quando todos se apegavam ao passado, ele apontava para o futuro; quando todos julgavam pela aparência, ele amava a essência das coisas e das pessoas; quando todos culpavam os massacrados, os marginalizados, ele os chamava para entoar canções da esperança; quando todos se perdiam no frenesi das horas, ele se retirava para meditar.
Onde todos queriam portar a arma da força para se defender ou mudar o mundo, ele salientava a inutilidade do ódio, a fragilidade da força, o perigo do dinheiro e a fugacidade do poder, para que possamos ver que há outras formas de fazer as coisas. Podemos viver como Jesus Cristo viveu: no compasso da paz, no horizonte do respeito, na companhia da simplicidade, na estrada da solidariedade.
Um dia fora do comum.
ISRAEL BELO DE AZEVEDO
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