PILARES A FIRMAR

PIlares a firmar

 

O edifício do protestantismo, a partir da Reforma de 1517 e cuja história ajudamos a escrever, foi construído sobre os seguintes pilares:

 

1.     A salvação é um presente de Deus que se recebe pela graça, sem mérito ou esforço humanos alguns (SOLA FIDE);

2.     A direção de nossas vidas é dada pelas Escrituras Sagradas, recebidas como a autoridade ultima para nossas decisões de natureza espiritual, intelectual e moral (SOLA SCRIPTURA);

3.     Temos acesso direto e imediato ao Pai através de Jesus sem qualquer outra intermediação (SOLUS CHRISTUS).

 

Estes pilares são derivados de nossa leitura dos Evangelhos, razão pela qual uma denominação ou comunidade de fé, para ser evangelica precisa esposar firmemente estes postulados. Para sermos protestantes, temos que levar estes valores radicais a todas as esferas da vida.

 

1. Precisamos radicalizar a confiança de que somos salvos pela fé.

A fé é a resposta humana à graça divina. Somos livros para aceitar a graça ou rejeitá-la. Fé (como nosso sim) ou incredulidade (como nosso não) são alternativas que demandam decisões.

Temos que ser vigilantes porque o orgulho pode nos levar a achar que Deus nos justificou (tornou justos) como uma forma de retribuir a nossa bondade. Não. Temos que ser cuidadosos para não libertininizar a graça e supor que, uma vez salvos, podemos fazer o que quisemos. Nunca. Somos salvos pela graça para praticarmos boas obras, que são necessárias como frutos da graça.

 

2. Precisamos radicalizar a decisão de nos deixar guiar pela Palavra de Deus.

Se Lutero redescobriu a autoridade da Biblia, desprezada pelo cristianismo institucional de então que a subordinava à tradição, nossa época também tende a menosprezá-la. Internamente, nós a aceitamos como a luz que ilumina o nosso caminho, mas podemos tê-la nas mãos sem lê-la ou podemos lê-la sem lhe obedecer. Externamente, ela é rejeitada como superada pelas conquistas da razão. Urge que estejamos prontos para recebê-la como a Palavra de Deus que ora nos conforta e ora nos incomoda. Urge que a conheçamos e sejamos capazes de defendê-la como autoridade sobre nós e sobre a sociedade.

 

2. Precisamos radicalizar a doutrina do sacerdócio de TODOS os crentes.

Todos os evangélicos precisamos nos ver como ministros de Deus. Não pode haver diferenças entre leigos e clérigos, simplesmente porque não pode haver leigos na igreja. Todos sao separados para o ministério (serviço cristão). Pregar é um privilegio para todos. Orar é uma oportunidade para todos. Ensinar é uma missão para todos. Se delegamos temporariamente a alguns (sejam pastores, professores ou diáconos) algumas funções especificas, esta atribuição ocorreu apenas por uma questão de orem pratica. Quem prega é a igreja. Quem batiza é a igreja. Quem serve a Ceia do Senhor sao os filhos do Senhor. Na igreja, todos os seus membros são revestidos com poder pelo Espirito Santo para o sacerdócio diante do Pai em favor dos homens.

 

Israel Belo de Azevedo

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