Terça, 06/12/16 — O PROJETO

Refletindo: Refletindo: Gálatas 4.4-5
 
Estamos diante de um resumo do Evangelho. Gálatas deve ser lido como se fosse um João 3.17, como um  complemento sobre o sentimento e o projeto de Deus para o ser humano. 
Seu desejo foi atrair o homem para a sua comunhão. Seus enviados não foram suficientemente ouvidos. Ele  começou a preparar a história para receber o seu próprio Filho. Quando chegou a hora, ele veio. Somos amados  por Deus, e isto nos deve ser como uma coroa sobre a cabeça, para não esquecermos nossa condição.
Os historiadores cristãos interpretam essa "plenitude do tempo" como sendo as condições propícias no Império Romano (estabilidade política e mobilidade por terra e mar) para a pregação das Boas Novas. Pode ser. Essa  "plenitude" pode ser também (simplesmente) a decisão de Deus, como se dissesse "é agora". 
A vinda de Jesus, nos termos lembrados por Paulo, trouxe dificuldade. As pessoas esperavam um Messias mais  espetacular, que não montava jumentos, mas cavalos de raça, que não fosse amigo dos miseráveis, mas  circulasse entre as elites. Em todos os tempos, sucesso tem a ver com espetáculo. A religião passa pela mesma  tentação. Nossas vidas recebem os mesmos dardos da sedução.
Jesus veio para nos adotar como irmãos. Por isto, nasceu, viveu e morreu, como nós nascemos, vivemos e  morremos. Ele foi tão humano quanto nós. A seu favor, ele ressuscitou e ascendeu aos céus. Nisto foi divino,  como não somos, nem seremos. Tão divino foi que nos ressuscitará e nos ascenderá para os céus. Quando  cremos, tornamo-nos um pouco divinos, mas só um pouco.