DOIS NATAIS

O Natal de Jesus foi único. Era a encarnação de Deus tomando a forma da carne e do osso.

O nosso natal foi único. Era um corpo se formando dentro do outro.

O Natal de Jesus foi para Deus baixar.

O nosso natal é para nos elevar.

O Natal de Jesus foi por anjos anunciado.

O nosso natal foi pelo desejo noticiado.

O Natal de Jesus foi por outras mulheres realizado e assistido.

O nosso natal foi por muitos testemunhado e por profissionais conduzido.

O Natal de Jesus trouxe alegria para Maria, José, uns parentes, alguns pastores, vários visitantes e depois festejado por milhões, nós mesmos incluídos.

O nosso natal trouxe alegria para nossa família e alguns amigos e agora podemos compartilhar a bondade divina para centenas de pessoas, inclusive os de nossos casa, dependendo do modo como temos vivido.

O Natal de Jesus foi um evento extraordinariamente real, assim como o nosso.

O Natal de Jesus, como ocorreu conosco, foi um capitulo curto de um caso de amor imenso.

Jesus não deixou que sua vida destinada a ser extraordinariamente abençoadora se tornasse comum porque vivida em dependência com o Pai de modo total.

Podemos permitir que nossa vida concebida para abençoar seja inspiradora se a vivermos em obediência ao Pai no modo radical.

O Natal de Jesus teve o significado que o Novo Testamento nos dá a conhecer.

O nosso natal terá o sentido que cada um de nós lhe der.

Então: que os nossos passos sigam o Salvador.

Que os nossos olham vejam o próximo em sua dor.

Que o nosso coração sinta pelos outros clara compaixão.

Que as nossas mãos encontrem outras para apoiar.

Que o nosso bolso aprecie doar.

Que a nossa alma despreze a superficialidade e busque sempre a comunhão que faz de Deus nosso amigo e do desconhecido e mesmo do ofensor o nosso irmão.

Depois do Natal de Jesus, vida afora, as pessoas, e não apenas a mulher com fluxo de sangue (Verônica, segundo a tradição), queriam tocar seu corpo e receber dele a esperada bênção.

A nossa vida pode ser para os outros uma alavanca para paz que a até imaginação ultrapassa, aos nos tornarmos canais pelos quais Deus mesmo faz jorrar para muitos a sua maravilhosa graça.

 

Israel Belo de Azevedo