PARA TERMINAR E COMEÇAR BEM (Sylvio Macri)

Nossa cultura é cheia de superstições a respeito da virada do ano. São muitas crendices, abrangendo a alimentação a ser ingerida, a roupa a ser vestida, palavras a serem ditas, gestos a serem praticados, o local onde se deve estar na hora, e outras coisas que as pessoas acham necessárias para “dar sorte”.
 
Outra característica de nossa cultura é o modo de celebrar essa  virada. Boa parte das pessoas prefere comemorar em família ou com os amigos mais chegados, em volta de uma mesa farta. Muita gente, por outro lado, acha que o momento é para ser celebrado numa grande festa, com muita música e com muitos fogos de artifício. No Rio de Janeiro há uma festa dessas que reúne dois milhões de pessoas.
 
Não poucas pessoas têm o costume de, nessa hora, fazer promessas e pedidos a divindades pagãs ou mesmo ao Deus cristão, numa espécie de ritual místico baseado na expectativa de, por isso, serem abençoadas por tais divindades ou por tal Deus. De outra maneira, sem a sua proteção, não começariam bem o novo ano, e mesmo correriam o risco de lhes acontecer alguma desgraça.
 
Os crentes em Jesus Cristo, porém, não precisam dessas coisas, nem a elas devem recorrer. Primeiro, porque vivem pela fé no Filho de Deus, Senhor de suas vidas e de seu futuro. Não dependem de sortilégios, mas da graça de Deus, que lhes é suficiente para tudo o que necessitarem. Confiam no Senhor que tudo cria, tudo sustenta e tudo provê. Buscam em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, por isso não vivem ansiosos pelas demais coisas.   
 
Em segundo lugar, porque um momento importante como a virada do ano não deve ser celebrado com leviandade, como se faz nas comemorações mundanas, mas na presença de Deus, em comunhão com os demais crentes, em humilde atitude de gratidão e esperança. Os últimos minutos do ano findo e os primeiros do novo devem ser passados de joelhos em oração sincera ao Deus Poderoso. 
 
Por último, porque pautam sua vida diária pela Palavra de Deus, sua regra de fé e prática, onde descobrem a boa, agradável e perfeita de Deus, e onde aprendem a sabedoria para viver cada dia, inclusive os maus. Dessa forma não dependem de uma proteção mística, mas da iluminação do Espírito Santo, que os fará lembrar do ensino do Senhor e lhes indicará a coisa certa a fazer.
 
 
Pr. Sylvio Macri