Muitas vezes temos uma idéia errada do que seja a santidade, e isso nos leva a buscá-la de maneira errônea e infrutífera, e a falhar com respeito ao que Deus espera de nós com relação a uma vida consagrada. Aprendamos, então, com Jesus o que ele de fato ensinou sobre a vida santa que agrada a Deus. É um tema muito vasto, por isso apenas citaremos brevemente alguns dos mais importantes ensinos de Jesus a respeito.
Em Mateus 6.5-18, Jesus disse que ninguém precisa saber quando, onde e como você ora e jejua a não ser Deus, nosso Pai, para quem não há segredo. Portanto, a exibição da nossa religiosidade, como, por exemplo, a prática de “orar no monte” ou de fazer campanhas de oração e jejum, não é evidência de santidade. Pelo contrário, mostra um desejo de aprovação humana.
Em Mateus 7.21-24, Jesus afirmou que nem todos os que profetizam, expulsam demônios e fazem milagres em nome dele entrarão no reino de Deus. Em outras palavras, ter os chamados dons carismáticos não é evidência de santidade, como se costuma pensar. Ser santo é fazer a vontade de Deus e produzir frutos próprios de um caráter santo.
Em Mateus 15.8, citando Isaías 29.13, Jesus ensinou que o mero ato de adoração, por mais elaborado, solene e intenso que seja, não nos leva à santidade. A adoração que proferimos com os lábios deve vir do coração, e desse mesmo coração não podem vir “maus pensamentos, homicídios, adultérios, imoralidade sexual, furtos, falsos testemunhos e calúnias” (Mt.15.9).
Em Mateus 23 Jesus observou que pertencer a uma boa igreja e professar publicamente suas doutrinas, adotar seus costumes, ser um dos seus principais líderes, ativo na visitação e na evangelização e dar o dízimo das mínimas rendas, não torna ninguém santo; ao contrário, pode torná-lo um grande hipócrita. Ser santo é praticar a justiça, a misericórdia e a fidelidade nos relacionamentos.
Em Mateus 25.31-46, Jesus declarou que para sermos aprovados por ele no dia do Juízo, precisamos amar a pessoas e cuidar delas do mesmo modo que ele faria se estivesse em nosso lugar. Isto é, o que Jesus espera dos seus santos é que, mais do que “pregar” o evangelho, deem de comer aos famintos e de beber aos sedentos, acolham os estrangeiros, vistam os nus e visitem os doentes e os presos.
Pr. Sylvio Macri