Gilberto Garcia participa na OAB-RJ de debate sobre desrespeito às religiões de matriz africana
O presidente da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), Gilberto Garcia, participou do evento sobre Intolerância religiosa? Racismo? Terrorismo? – Rompendo a invisibilidade do contexto de violência e desrespeitos aos povos de matriz africana, realizado pela Comissão da Verdade da Reparação Negra no Brasil (Cevenb) da OAB-RJ, no Plenário Evandro Lins e Silva, no dia 26 de fevereiro. No encontro, praticantes de religiões de matriz africana, representantes do poder público e advogados debateram a perseguição e a violência sofridas pelos segmentos religiosos e prestaram uma homenagem póstuma ao advogado Caó de Oliveira.
Gilberto Garcia, que compareceu acompanhado por alguns de seus alunos da Faculdade de Teologia das Assembleias de Deus no Brasil (Faecad), enalteceu a iniciativa da seccional de realizar o evento e receber lideranças religiosas de diversos credos. “O encontro proporcionou visibilidade aos ataques sofridos por aqueles que formam o povo religioso brasileiro, que vive num Estado Laico e tem direitos assegurados pelo ordenamento jurídico nacional de proteção ao exercício da fé”, afirmou.
O presidente da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa do IAB disse, também, que a discriminação tem afligido diversos grupos, como judeus, (evangélicos), muçulmanos, (católicos) e adeptos de religiões de matriz africana, como também os que não têm religião. Para exemplificar, o advogado citou a afirmação feita por um apresentador de programa de TV de São Paulo, segundo o qual quem não tem Deus no coração tem propensão a cometer crimes. Conforme Gilberto Garcia, o Judiciário paulista, atendendo a um pleito da Associação de Agnósticos e Ateus (Ateia), condenou o apresentador.
Também participaram dos debates o presidente da Cevenb, Humberto Adami; a presidente da Comissão de Combate a Intolerância Religiosa da seccional, Guiomar Mairovitch; a diretora de Igualdade Racial da OAB/RJ, Ivone Caetano; e o vice-presidente da Comissão de Diretos Humanos da entidade, André Barros.
Fonte: Portal Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB)