Vivemos para o prazer.
É nosso dever buscar o prazer.
Devemos mesmo colocá-lo acima do dever.
No entanto, há situações, lugares e tempos em que o dever precisa vir em primeiro lugar.
Se nossa existência está ameaçada, temos o dever de fazer o que estiver ao nosso alcance para preservara vida.
Se o bem-estar de nossa família está em risco, é nosso dever agir em favor da segurança de nossa casa.
Se o nosso bairro está em pânico, é nosso dever nos juntar para promover a tranquilidade.
Se a floresta que nossos olhos veem está em chamas, é nosso dever nos juntar aos que tentam apagar o fogo.
Se o nosso país nos chama, é nosso dever contribuir para o seu progresso.
É nosso dever orar por nosso país.
É nosso dever conhecer o nosso país.
É nosso dever amar o nosso país.
É nosso dever nos envolver nas causas que tragam mudanças reais para o nosso país.
É nosso dever rejeitar como normal que em nosso país os pobres continuem pobres e desassistidos de educação e saúde como se fossem condenadas a ser pessoas de terceira classe.
É nosso dever rejeitar como invencível a corrupção, dos grandes e pequenos, como se vidas dignas diante dos bens e dos interesses comuns fossem impossíveis de serem vividas.
É nosso dever rejeitar a ideia que temos que nos trancar dentro de nossas casas para continuarmos vivos, por falta de caráter dos bandidos privados e públicos.
É nosso dever rejeitar as explicações simplistas e salvacionistas para os problemas da nossa sociedade, como se as dificuldades pudessem ser superadas em midiáticos passes de mágica.
É nosso dever exigir educação de qualidade para todas as crianças, as nossas e as dos outros.
É nosso dever pregar contra os que só buscam seus prazeres totalmente esquecidos dos seus deveres e reconhecer os esforços dos que fazem dos deveres o seu dever.
É nosso dever ser parte da solução que procuramos.
É nosso dever colocar o dever em primeiro lugar, antes que todos os prazeres sejam impossíveis.
Viva o dever!
Israel Belo de Azevedo