O mundo está cheio! Essas pessoas, via de regra, só se relacionam através da mídia. Poucas, muito poucas, são verdadeiramente relacionais, olham nos olhos e estabelecem contatos saudáveis. A maioria das pessoas vive nos seus espaços munida de todo o tipo de "programas de relacionamentos". Vivemos um tempo muito ruim. Pessoas desigrejadas, não sentem falta da igreja, não fazem questão de assiduidade e nem de pontualidade, não têm compromisso com a vida devocional pessoal e familiar, com a expansão do Reino de Deus; e por qualquer motivo faltam a igreja. A falta de convivência madura produz mais artificialismo, isolamento e acidez relacional.
A mídia está gerando pessoas frias, desconectadas do sofrimento humano e profundamente absortas em si mesmas. A aldeia global tem trazido sequelas muitas vezes irreversíveis. Temos o perigo de criarmos ambientes apenas formais, destituídos de afetividade, simpatia, empatia e sinergia. Está faltando amor, comunhão, compaixão, solidariedade e misericórdia nos relacionamentos.
A mídia é muito útil quando se presta a convocar pessoas para se encontrarem, comungarem, se solidarizarem e se unirem para construir um mundo melhor, combatendo a injustiça, corrupção, violência, imoralidade, pobreza e miséria tão fortes em nosso amado Brasil.
Poucos são os que usam as redes sociais para produzir unidade, visão longa e ampla, críticas construtivas e mecanismos de convergência.
As pessoas artificiais criam um ambiente de hostilidade, desunião, fragmentação e confronto. Vivemos num tempo de esquizofrenismo na comunicação virtual.
Creio que a tecnologia foi criada por Deus para desenvolver a capacidade de articulação do bem. Para desenvolver relações possíveis e geradoras de atitudes e ações solidárias.
Que o Senhor nos livre do artificialismo deste século! Que Ele nos dê a capacidade de criatividade e profundidade em nossos relacionamentos.
Que a tecnologia seja usada para conectar pessoas objetivando unidade de propósitos nobres sempre para a Glória de Deus (1 Coríntios 10.31).