A SENSAÇÃO DE ABANDONO – Terça-feira, 29/01/19

A sociedade israelita passava por dificuldades atrozes. Até mesmo o santuário dedicado ao Deus único estava queimado. Os símbolos da presença de Deus foram substituídos por imagens dos deuses pagãos.
 
Essas dificuldades foram consequências dos pecados cometidos pela elite do povo e também pela maioria do povo, apesar da advertência dos profetas, com quem agora não podiam contar.
Agora, a sensação é que Deus tinha abandonado o povo. Mesmo com este sentimento, o salmista ora a Deus.
Primeiro, ele reclama do silêncio de Deus e lança o seu lancinante “até quando?”
Depois, o poeta percorre a sua própria memória. Ele tira o foco do sentimento de desolação e o transfere para a atitude de adoração. O Deus que parecia morto está vivo.
O Deus que parecia fraco é forte. O Deus que parecia distante está bem perto.
Ao orar, o homem deixa de se sentir desconfortável para se sentir acolhido por Deus.
A confiança volta. Ainda há violência, mas há certeza de que Deus é poderoso.
Ainda há opressão, mas há convicção que Deus fará justiça e socorrerá os aflitos.
O poeta está certo de que Deus toma para si o problema.
Oração é precisamente isto.
Orar é deixar todos os nossos problemas perante o altar.
Esta certeza é para gerar alegria em nós, alegria e responsabilidade. Diante de tão grande amor, é tanta a nossa alegria que nos anima para a comunhão com ele como algo desejável o tempo todo, e não apenas nas horas de aflição.

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REPRODUÇÃO — Autorizamos a reprodução deste conteúdo com a condição que seja citada a fonte nos seguintes termos: Reproduzido do site PRAZER DA PALAVRA, de Israel Belo de Azevedo, que pode ser ser acessado em www.prazerdapalavra.com.br.

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