O TRABALHO COMO VOCAÇÃO (Oswaldo Jacob)

O cristão genuíno reconhece que o seu trabalho é uma vocação dada por Deus. Por isso, ele deve estar satisfeito em Deus, servindo às pessoas com profundo amor.
O trabalho do cristão é terapêutico para ele e para o próximo. A sua atividade laborativa deve ser sempre encorajadora, renovadora, catalisadora e desafiadora.
O trabalho do cristão é caracterizado pela nobreza, pelo caráter íntegro e pelo desapego às coisas materiais. A sua motivação principal é glorificar a Deus, fazendo a Sua vontade, que é boa, agradável e perfeita (Romanos 12.1,2).
A atividade laborativa do cristão autêntico se torna ponte muito forte nos relacionamentos. No seu trabalho, ele oferece o diálogo, o olhar nos olhos, o ouvido atento, o coração compassivo, mãos santas e abençoadoras ou servidoras; pés que palmilham a estrada da solidariedade motivada pelo amor fraterno.
O trabalho é uma oportunidade para crescimento, engajamento e criatividade. O seu contexto deve ser o do encorajamento mútuo, da autenticidade da palavra e do sentimento fundamentados no amor sincero.
O trabalho deve ser exercido num ambiente de ternura, sabedoria, discernimento, solidariedade, disciplina e a busca constante da excelência.
O labor do cristão não o engrandece, mas a exalta a Deus. O trabalho (e não o emprego) foi criado por Deus antes do pecado e não é pesado, mas caracterizado pela leveza e pela alegria em Deus. A ansiedade, o medo, a insegurança, inveja, maledicência e a ganância são frutos de um coração doente e adoecedor. São traços do não-trabalho.
Não nos esqueçamos de que o nosso labor é uma missão formadora de valores enobrecedores e comprometidos com a construção de uma sociedade mais justa, igualitária, generosa, respeitável, responsável, produtiva e mais enternecedora.
O trabalho como vocação é altamente saudável e enriquecedor. Trabalhemos com dedicação, zelo e amor!