Estamos vivendo tempos em que as pessoas, mesmo as crentes, vivem de um lado para o outro, procurando novidades. É uma compulsão, como se fosse uma coceira para buscar algo que lhes agrade. Não é uma coisa nova, mas nos tempos atuais tornou-se uma prática generalizada.
O apóstolo Paulo, já no primeiro século, advertia a Timóteo sobre isso: “Diante de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos, pela sua manifestação e pelo seu Reino, peço a você com insistência que pregue a palavra, insista, quer seja oportuno, quer não, corrija, repreenda, exorte, com toda paciência e doutrina. Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, se rodearão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas. Mas você seja sóbrio em todas as coisas, suporte as aflições, faça o trabalho de um evangelista, cumpra plenamente o seu ministério.” (2Tm.4.1-5).
Ser pastor tornou-se muito difícil nos dias de hoje, mas por essa razão mesma, é que é preciso, mais do que nunca, pregar a verdadeira Palavra de Deus, com o cuidado de expô-la claramente, seja ou não conveniente aos ouvintes, não se abstendo de corrigir, repreender e exortar, fazendo-o, evidentemente, com amor e paciência.
Ser pastor nos dias de hoje exige que o homem chamado por Deus esteja sempre vigilante quando aos erros doutrinários, seus e dos outros. Que ele esteja disposto a suportar as aflições e adversidades naturais à sua posição pela sã doutrina. Que ele se disponha a cumprir a qualquer custo a missão que lhe foi dada.
Ser pastor nos dias de hoje é desagradar muita gente, pois não suportarão a sã doutrina, mas seu intuito como profeta do Senhor, é agradar a Deus e não aos homens. Ser pastor atualmente é pregar, e se preocupar com, o juízo de Deus e não com o juízo dos homens, isto é, ser um verdadeiro pregador do evangelho que chama o pecador ao arrependimento e à fé.
O evangelho não é um show de novidades, é coisa muito séria.
Pr. Sylvio Macri